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Crítica restaurante

Casa explora pouco receitas no forno a lenha

Forquilha tem como mote a cozinha italiana na lenha, mas até filé à parmigiana é gratinado no forno convencional

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

O mote aparente do novo restaurante Forquilha é a cozinha italiana (e um pouco da interiorana) feita no forno de lenha. E já da rua se pode sentir o aroma sedutor da madeira queimando. Ao entrar no salão, se vê o forno com chamas vibrando em seu interior.

É um bom começo, embora pouco explorado: são na verdade bem poucos os pratos principais preparados ou acabados neste forno (por exemplo, até o filé à parmigiana é gratinado no forno convencional, desperdiçando o poderoso calor e o perfume das brasas).

Também os grelhados não passam por uma grelha de lenha ou de carvão (já que há todo o trabalho inerente a manter a estrutura para a lenha, o carvão também poderia dar ali seu toque de deliciosa rusticidade).

De toda forma, o promissor Forquilha e suas brasas criam um ambiente atraente, dominado pela madeira (e com um curioso efeito acústico --quem senta na mesa que corresponde ao ângulo da "forquilha", ouve magicamente vozes distantes do salão como se pronunciadas no seu ouvido).

Além disso, há boas sugestões saídas do forno, como as pizzetas (por exemplo a de abóbora e abobrinha como tomatinho, mozarela de búfala e pinoli) e a "carta", uma massa fina de pizza com queijo stracchino, presunto cru e redução de vinagre balsâmico (este, adocicado, poderia ser mais discreto).

Também vêm do forno as duas lasanhas (uma delas com presunto, três queijos, molho de tomate fresco e azeite extravirgem --seria ainda melhor com uma massa mais delgada). Com sabor trivial, o arroz de forno, à moda brasileira --de galinha caipira com milho e ervilha na farofa de pão ou de bacalhau ao açafrão e azeitonas pretas.

O cardápio traz também uma seção de massas, na qual se encontra um nhoque muito delicado (numa das versões traz molho de tomate fresco, mozarela e linguiça artesanal moída), e uma seção de grelhados para duas pessoas (um deles, do mar, com polvo, lula, peixe do dia e camarão; outro de carnes, com fraldinha no ponto, galeto, linguiça artesanal e costela suína, com batatas assadas na lenha).

O chef de cozinha, também sócio da casa, é o paulistano Bruce Le Greco, 35, que já trabalhou em restaurantes de fora do Brasil, foi chef do extinto Le Petit Trou e também de famílias em São Paulo.

Os demais proprietários são Augusto Philippsen, 36, e Erik Praxedes, 38, ambos do mercado financeiro e idealizadores do restaurante, e Eduardo Paes de Andrade, 42, responsável pelos vinhos.

FORQUILHA
ENDEREÇO r. Vupabussu, 347, Pinheiros, tel 0/xx/11/2371-7981
FUNCIONAMENTO de ter. a sex., das 18h à 0h; sáb., das 12h às 17h e das 19h30 à 0h; dom., das 12h às 17h
AMBIENTE acolhedor, com muita madeira e um vistoso forno a lenha
SERVIÇO corre bem, mas ainda hesita nas explicações
VINHOS além da carta com algumas boas ofertas, vinhos em taça bem conservados
CARTÕES A, D, M e V
ESTACIONAMENTO com manobrista, R$ 20
PREÇOS entradas, de R$ 20 a R$ 37; pratos principais, de R$ 23 a R$ 98 (para duas pessoas); porções, de R$ 16 a R$ 39; sobremesas, de R$ 18 a R$ 19


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