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Carro-chefe
Febre dos 'food trucks', veículos motorizados que vendem comida na rua, ganha força em São Paulo com a aprovação de projeto de lei que legaliza esse tipo de comércio nas vias da cidade
Quem se perguntava quando poderia entrar na fila de um "food truck" estacionado em São Paulo recebeu a primeira resposta na semana passada: em breve.
Na quarta-feira passada, a Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, projeto de lei que regulamenta a venda de comida de rua na capital. Antiga reivindicação de ambulantes e pequenos empreendedores, a legalização dessa atividade ganhou, no último ano, o apoio da população e de chefs consagrados.
A febre dos "food trucks", que apimentou a cena gastronômica nas metrópoles americanas e europeias, chegou às capitais brasileiras. Lá, eles servem "street food" com pegada gourmet. A oferta vai dos básicos cachorros-quentes a pratos clássicos franceses servidos na calçada.
Aqui, o sucesso de eventos como O Mercado, Feirinha Gastronômica e Chefs na Rua --que reúnem chefs e cozinheiros amadores para vender seus pratos ao ar livre-- deu o impulso regional para engrossar o lobby pela regulamentação. Amantes da gastronomia se mobilizaram, circulando abaixo-assinados e petições on-line. Nesta onda pró-calçada, eventos paulistanos ganharam versões em cidades como Recife, Florianópolis, Rio e Manaus.
O projeto de lei que regulamenta a venda de comida em ruas de São Paulo tem defensores no governo e na oposição e deve passar por segunda votação em plenário no final do mês. Se for aprovado, o texto será encaminhado para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).