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Vinhos

O prazer de beber sem altas viagens

Brancos espetaculares

No Brasil, ainda temos o (péssimo) hábito de achar que tintos são sempre mais interessantes que brancos

ALEXANDRA CORVO

Se alguém me perguntasse o que mais surpreende meus alunos nos cursos, diria que é como eles ficam incrédulos quando se deparam com um bom vinho branco: "Que vinho bom para ser um branco".

No Brasil, ainda temos o (péssimo) hábito de achar que tintos são sempre mais interessantes que brancos.

Parêntesis: se você escolhe seu vinho só pelo menor preço, talvez queira deixar de ler esta coluna por aqui. Mas espere, termine... Queria que você pudesse ter a mesma reação dos meus alunos.

No caso da seleção de hoje, são vinhos mais caros porque são artesanais. São feitos por pessoas que preferem produzir menos uvas, que resultem em vinhos mais expressivos.

Imaginem que o produtor pode fazer uma quantidade de vinho por hectare de vinhedo, mas decide eliminar metade da produção em prol de qualidade e expressividade.

Pois é. Pagaremos mais pela garrafa, mas o prazer é bem maior. E vale a pena. São brancos tão interessantes por diferentes razões.

Alguns vêm de regiões menos conhecidas --por exemplo, Valréas, na zona meridional do vale do rio Ródano. Ou ainda porque são feitos de uvas desconhecidas --a picpoul, uva antiquíssima da região de Languedoc, que produz vinhos vivazes.

Ou a uva kerner, criada nos anos 1930 na Alemanha. Ela promete ser uma futura vedete dos amantes dos grandes brancos, pois tem mostrado qualidade em vários lugares de clima fresco, como Alto Adige, na Itália.

Outro atrativo interessante é a viticultura orgânica. A prática busca evidenciar, mais do que os sabores do líquido em si, a vida da terra onde crescem as vinhas. E os vinhos mostram essa vivacidade.

CLOS BELLANE - VALRÉAS 2011
Muita fruta, maçã, pera, laranja. Boca ampla, como se se mordesse um pêssego geladinho
QUANTO R$ 86,80
ONDE Premium (tel. 0/xx/11/2574-8303)

BOTT GEYL RIESLING - ALSACE 2008
Aroma de óleo de amêndoa e tomilho. Intenso, frutado e oleoso. Final lembra curry
QUANTO R$ 86
ONDE De la Croix (tel. 0/xx/11/3034-6214)

ABBAZIA DI NOVACELLA - KERNER 2011
Brilhante, com fruta fresca e um toque mineral. Boca vivaz e frutada
QUANTO R$ 99
ONDE Vinica (tel. 0/xx/11/4221-9107)

MAS DE MAS - PICPOUL DE PINET - CÔTEAUX DU LANGUEDOC 2009
Pêssegos tostados, fruta e lareira. Cremoso, cheio, acidez equilibrada perfeita
QUANTO R$ 89,10
ONDE Decanter (tel. 0/xx/11/3702-2020)


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