Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vinhos

O prazer de beber sem altas viagens

A verticalidade da riesling

Alemã, a riesling é uma uva de clima frio; adaptou-se bem ao Canadá, à Áustria e à costa oeste dos EUA

ALEXANDRA CORVO

"São os vinhos mais verticais que existem." Confesso que para uma jovem estudante de enologia --eu, no caso--, a digestão da expressão "vinho vertical" foi lenta e árdua. Mas, Émille Peynaud, em seu livro "O Gosto do Vinho" me aliviou, explicando: "A soma sabor mais tato dá ao vinho uma imagem de relevo, uma espécie de figura geométrica que tem forma e volume." E a riesling dá vinhos altos, verticais mesmo.

Isso porque ela é uma uva que gosta de climas frios. E, nesses climas, as noites frias garantem a manutenção de uma acidez vivaz, que ajuda a dar essa "altura".

O melhor desses climas: como o verão esquenta devagar, o amadurecimento de açúcares e matéria aromática ocorre lentamente. Resultado: aromas profundos e expressivos.

A riesling é alemã, e de lá vêm alguns dos exemplares mais expressivos, sempre muito aromáticos, potentes. Cruzando a fronteira com a França, é na Alsácia onde floresce. Outros climas frios no mundo produzem estilos interessantes: o Canadá, a Áustria e a costa oeste dos EUA.

Na Austrália, os vales de Clare e Eden têm se destacado. Na Nova Zelândia ela é bastante antiga e, hoje, se produz um estilo mais seco e brilhante que o doção de antes.

O aroma da riesling transita entre frutas como pêssegos e maçãs, ervas frescas, e notas minerais, que podem lembrar fumaça, óleo e até petróleo. E um bom exemplar sempre terá essa vivacidade em boca, que alguns enólogos gostam também de chamar de "vibração".

Para sentir a vibração e toda a verticalidade da riesling, às vezes difícil de expressar em palavras sem parecer viagem de quem escreve, basta prová-los.

CAVE SPRING 2009
ORIGEM Canadá Complexo, com aroma de tomilho amassado, abacaxi e manteiga. Cheio, com muita fruta, excelente vivacidade, longo e persistente
QUANTO R$ 89,60
ONDE Casa Flora (tel. 11/2186-7676)

DONNHOFF TROCKEN 2011
ORIGEM Alemanha Mel e camomila; intenso e brilhante. Boa fruta em boca, picante, frutado, firme, final floral
QUANTO R$ 113,70
ONDE Decanter (tel. 11/3702-2020)

FREY-SOHLER 2009
ORIGEM Alsácia (França)
Pêssego fresco, com um toque mineral. Boca ampla, com boa gordura e excelente equilíbrio de acidez
QUANTO R$ 55
ONDE Santa Luzia (tel. 11/3897-5000)

LES ÉLÉMENTS 2012
ORIGEM Alsácia (França)
Notas delicadas, mas profundas de flores brancas, ervas aromáticas e fruta de caroço. Boca cheia, saborosa, acidez viva, brilhante e final longo
QUANTO R$ 119
ONDE De la Croix (tel. 11/3034-6214)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página