Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Crítica / Restaurante

Carnes são nova aposta de Leo Botto

Casa Nero é o terceiro restaurante do grupo, que também comanda o Chez Lorena e o Chez MIS

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

Para quem circula pelos restaurantes de São Paulo, não é difícil reconhecer a origem do Casa Nero, aberto no mês passado nos Jardins. Os donos são os mesmos do Chez Lorena e do Chez MIS.

Algumas pistas: a decoração eclética (velas, azulejos negros, caveiras de boi e utensílios de cozinha), a iluminação baixa (que em todas as casas do grupo incomoda até no reconhecimento da comida), e a cozinha, cada vez mais madura, assinada pelo chef Leo Botto.

Verdade que aqui é uma cozinha simples -trata-se de uma churrascaria, com um cardápio bem curto-, mas na qual se revelam qualidades.

Esse ponto sediava antes uma hamburgueria do mesmo grupo (o Chez Burguer), que iniciou as atividades em 2008, com o bar Secreto. São eles o casal Karina Mota, 31, e o francês Sebastien Orth, 32; e ainda Rafael Pelosini, 36, Lucas Mello, 29, e o também francês David Laloum, 40.

Os três restaurantes do grupo têm a cozinha comandada por Leo Botto, 36, que foi subchef do extinto Julia Cocina e também cozinheiro no Gero. Aqui, fazendo churrasco, ele emprega uma expertise desenvolvida quando foi chef e sócio do Martín Fierro e do La Frontera.

O Casa Nero está equipado com uma grelha de estilo argentino com dois metros e meio, alimentada com brasas de carvão -o que já traz indícios do bom sabor que virá pela frente.

Mas nem tudo vem dessas brasas. Nas entradas há um gostoso bolinho de purê de aipim frito, crocante, e uma bem temperada porção de corações de galinha, que são refogados em panelinha de ferro e terminados no forno.

Ainda como entrada há o cupim, primeiro assado lentamente por oito horas, depois grelhado e fatiado fino -poderia ser mais suculento, mas vale, no mínimo, pela originalidade.

Diretamente da grelha vêm as carnes que respeitam os pontos pedidos. Todos os cortes são servidos com farinha torrada, vinagrete, pimenta da casa e folhas verdes.

São poucas opções; a destacar, a bisteca prime bovina, servida com osso; e o "bife de vazio" (a fraldinha), grelhado com precisão e oferecido em duas opções de tamanho (300 g ou 450 g).

Para acompanhar, a boa porção de batata-doce cozida e frita e a farofa (feita com cebola, pancetta e ovo orgânico). Outra opção da grelha: o Nero burger (com carne tipo Kobe, picles, cebola, tomate na chapa e ketchup caseiro). A sobremesa argentino-brasileira é o doce de leite com queijo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página