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A contragosto, índio vira símbolo de ação na Bahia

DO ENVIADO A UNA E A ILHÉUS

Marcelo dos Santos Calazans, 21, não gostou de ter virado uma espécie de símbolo da invasão dos tupinambás ao hotel Fazenda da Lagoa, em Una, entre domingo e quarta passada.

Uma foto na Primeira Página da Folha, na qual aparece deitado na cama de um dos bangalôs enquanto assiste TV a cabo, foi replicada pela imprensa baiana, e até a versão brasileira da rede britânica BBC o procurou. "Não é coisa boa para a gente", disse ele, ainda na 8ª série e pai de um bebê de um ano e meio.

Sua mulher também é índia, mas o pai era "homem branco, um policial". A mãe passou a viver com um irmão do cacique Val Tupinambá. Corintiano, trabalha como pescador e vende coco. Diz que as pessoas têm preconceito quando "gente como ele" tem acesso a "coisas boas da vida".

O tupinambá divide com outros 11 uma casa invadida na fazenda Acuípe, que dizem pertencer ao grupo Votorantim. Procurada, a empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

Nenhum dos tupinambás da região vive em ocas. A moradia dos mais distantes do litoral são de taipa, parede de barro e de piaçava.

Líder do sindicato rural de Ilhéus, Milton Andrade reclama da insegurança jurídica que existe na área. E afirma que, como pano de fundo, existe "um esquema da Funai, financiado por ONGs internacionais".


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