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Proibição de vans lota ônibus e causa trânsito

Passageiros enfrentam lotação tentando chegar ao trabalho em dia de caos no Rio

DO RIO

Ônibus superlotados e um enorme engarrafamento na zona sul da cidade até o início da noite de ontem foram os resultados do primeiro dia do decreto do prefeito Eduardo Paes que proíbe a circulação de vans nessa região.

Por volta das 7 horas alguns ônibus seguiam com passageiros pendurados nas portas. Com os veículos muito cheios, os motoristas não paravam nos pontos.

"Estou na fila [do ônibus] há quase uma hora porque eles passam cheios e não param. Sempre peguei van, agora tive que fazer baldeação na Leopoldina (centro) e enfrentar esse caos para chegar no trabalho", lamentou a costureira Nadmar Almeida, 47.

"É maldade o que estão fazendo com a gente. Estamos viajando esmagados nesses ônibus lotados", disse o cozinheiro Josenildo Alves da Silva, 47, que seguia da Leopoldina para o Leblon.

24 pontos de bloqueio foram montados em 11 bairros da zona sul para evitar a circulação das vans.

A partir das 9h30, motoristas começaram uma manifestação que fechou a avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon. O protesto seguiu até o prédio da Secretaria Municipal de Transportes, em Botafogo, por volta das 15h20. A passeata dos motoristas causou um enorme engarrafamento.

"Esse decreto fere o direito de ir e vir dos usuários e principalmente o direito do trabalhador", disse Hélio Ricardo Souza, presidente do SindtransRio, Sindicato das Cooperativas de Transporte Coletivo do Rio de Janeiro.

Segundo Souza, 2.500 profissionais registrados na Secretaria Municipal de Transportes trabalhavam em 36 linhas na zona sul da cidade, atendendo a cerca de 270 mil usuários por dia.

De acordo com o delegado Cláudio Ferraz, coordenador municipal do Transporte Complementar, há cerca de 6.000 vans cadastradas na zona sul da cidade. "Mas foram detectadas falhas na fiscalização desses veículos. Por isso, iniciamos uma licitação em fevereiro, com previsão de término em maio", disse.

A proibição das vans na zona sul entrou em vigor 15 dias depois de uma turista norte-americana ter sido estuprada em um veículo. A turista e o namorado entraram em uma van clandestina que seguia para a Lapa, mas foram levados para São Gonçalo.

"Naturalmente esse episódio com a turista acelerou uma série de medidas com o transporte alternativo na região [zona sul]", afirmou Ferraz à Folha.


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