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Jurado passa mal e julgamento sobre Carandiru pode ser adiado

Caso ele não se recupere, juiz terá de dispensar júri e será preciso começar tudo novamente

Homem se queixou de mal-estar e, após passar por atendimento médico, ficou o dia repousando no fórum

DE SÃO PAULO

Um dos sete jurados no julgamento de 26 policiais envolvidos no Massacre do Carandiru passou mal e provocou a suspensão da sessão de ontem, terceiro dia do júri.

Se não houver melhora de seu estado, o júri será adiado e terá de recomeçar do zero. Em tese, depoimentos já tomados teriam de ser refeitos.

Caso isso ocorra, seria o terceiro adiamento. Na semana passada, o julgamento foi cancelado pelo mesmo motivo. No início do ano, houve adiamento a pedido da Promotoria.

Agora, conforme o Tribunal de Justiça, o jurado reclamou de mal-estar e passou por atendimento médico. Trata-se de um homem --o júri tem uma mulher e seis homens.

Não foi divulgado seu nome nem qual tipo de enfermidade sofria, mas, segundo o juiz José Augusto Nardy Marzagão, os sintomas não são graves.

Ele disse que o jurado mostrou intenção de continuar os trabalhos, mas o magistrado seguiu a recomendação médica de que ele deveria repousar.

Durante quase todo o dia, o jurado ficou em repouso, no ambulatório do Fórum da Barra Funda (zona oeste). Por volta de 16h, o juiz anunciou que suspenderia a sessão.

O julgamento deve ser retomado hoje, às 9h. Mas, caso o jurado não melhore, o júri será cancelado e os jurados, dispensados --integrantes do júri não podem ser substituídos e devem ficar todo o julgamento sem contato externo, inclusive dormindo no fórum.

Será preciso então marcar nova data e começar tudo outra vez, com novos julgadores.

"Se [ele] não melhorar, teremos de cancelar o julgamento. A prioridade é a saúde do jurado", disse o juiz. "Se não pudermos dar continuidade, todo o trabalho é perdido."

O júri dos 26 policiais acusados de matar 15 detentos no primeiro andar do pavilhão 9 já havia sido adiado na semana passada. Uma jurada passou mal no primeiro dia e, segundo médicos, não teria condições de prosseguir.

O retorno ocorreu na segunda-feira, quando novos jurados foram sorteados.

O julgamento está na fase de leitura das peças do processo e, depois, segue para o interrogatório dos réus.

Segundo o TJ, defesa e acusação fizeram acordo em que apenas quatro dos 26 réus vão falar. O restante deve usar o direito de permanecer calado. O juiz espera que o resultado saia até amanhã.

A ação em 2 de outubro de 1992 deixou 111 mortos. Há outros três julgamentos previstos.


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