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Secretaria diz que só parte da área está afetada

Pasta não informa, porém, por que começou obra sem consulta ambiental

Famílias que serão beneficiadas pelo projeto não correm risco, segundo gestão do ex-prefeito Kassab

DE SÃO PAULO

A Secretaria da Habitação da Prefeitura de São Paulo afirma que a contaminação do terreno não atinge toda a área da antiga fábrica.

De acordo com a pasta, a construção das moradias populares foi iniciada pela quadra 3, parte do terreno que não está contaminada.

Ela entregou um relatório sobre a contaminação do local à Cetesb (agência ambiental paulista) em março, mais de um ano depois de começar a demolição das construções que havia no local.

Mas não deu detalhes da contaminação, informando apenas que esse problema atingiu a água subterrânea.

Segundo a secretaria, os estudos indicaram impeditivos para as unidades habitacionais na quadra 4, que "deverá aguardar execução do sistema de remediação". Mas ela não informou detalhes.

Com base em seu laudo, a Secretaria de Habitação interpreta que as escavações e as obras poderiam começar.

Nem a Cetesb, ligada ao governo do Estado, nem a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, porém, autorizaram começar as obras, que continuam.

A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente afirma que só teve conhecimento das obras por meio de um ofício enviado à pasta pela Assembleia Legislativa.

Informa ainda que o processo de alvará de aprovação não foi encaminhado à secretaria para que ela se manifestasse a respeito do potencial de contaminação.

Diz ainda que, em novembro do ano passado, a pasta do Verde e Meio Ambiente informou a da Habitação sobre a situação ambiental naquela região em obras.

A pasta ambiental informa que irá pedir o alvará à Secretaria de Habitação para se manifestar a respeito.

BAIRRO NOVO

A Secretaria da Habitação não respondeu sobre por que começou as obras sem obter licença ambiental prévia e sem informar a Cetesb.

Segundo a assessoria do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), as famílias que serão beneficiadas pelo projeto "não correm risco".

Ela diz que, de duas áreas do terreno, uma "está em processo de descontaminação" e outra tem problemas "por causa do descarte irregular de lixo". Mas afirma que esta última "será recuperada e transformada em parque".

A gestão anterior chegou a prometer a entrega das primeiras unidades habitacionais para dezembro do ano passado. A administração atual dá uma nova previsão.

O conjunto popular, segundo a prefeitura, será entregue somente no primeiro semestre de 2015.

Com uma previsão de investimento total de R$ 220 milhões, o projeto envolve a construção de 1.200 imóveis em dez edifícios.

Além de moradias, constam do projeto a construção de duas creches, uma padaria-escola, um centro de reciclagem, uma vila para idosos e um clube escola.

O projeto no terreno da zona oeste também inclui a preservação de construções industriais antigas que ocuparam a antiga área da usina, como uma chaminé.


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