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Estados com deficit de médicos defendem vinda de estrangeiros

Conselhos regionais da categoria se dizem contrários à 'importação' de profissionais

KÁTIA BRASIL DE MANAUS

Nos Estados que lideram o ranking de deficit de médicos no país, o plano federal para incentivar a "importação" de mão de obra encontra simpatia cautelosa dos governos, diferentemente da ferrenha oposição dos conselhos regionais de medicina (CRMs).

O governo da presidente Dilma Rousseff prepara um programa para levar médicos formados no exterior a locais onde atualmente há poucos profissionais atuando.

A ideia, sem prazo de implementação, é que esse médico tenha atuação limitada a três anos e fique restrito à saúde básica, ou seja, fora de UTIs e de salas de cirurgia.

Além disso, como já ocorre, todos terão de passar pelo exame nacional de revalidação de diplomas, hoje com baixo índice de aprovação.

A Secretaria de Saúde do Amapá, onde existe 0,76 médico por mil habitantes (a recomendação internacional é de 1 por mil e a média nacional é de 1,8) diz já ter quatro estrangeiros entre 597 médicos contratados. O Estado tem a segunda pior relação médico/habitante do país.

A chefe da pasta, Olinda Lima Araújo, concorda com novas contratações, desde que haja revalidação de diploma.

No Pará, com a terceira relação mais baixa (0,77 médico/mil habitantes), a eventual chegada de profissionais do exterior é vista como oportunidade para suprir "vazios importantes, como na Amazônia", disse Hélio Franco, secretário de Saúde do Estado.

OPOSIÇÃO

Para Dorimar Barbosa, do CRM do Amapá, o problema não é a quantidade de médicos mas a dificuldade em fixá-los em áreas remotas. "O índice baixo no Amapá não justifica a contratação de estrangeiros, pois há 400 mil médicos no Brasil".

Fátima Couceiro, do CRM-PA afirma que esse incentivo à "importação" é temerário e não suprirá o deficit de profissionais no interior.


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