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Manaus vira capital da Paraíba em apostila para crianças do Rio

Material distribuído para alunos do 5º ano também ensina que Belém fica em Pernambuco

Secretaria municipal diz que exemplares não foram utilizados e que enviou correção para professores da rede

DO RIO

Não se surpreenda se uma criança do quinto ano da rede municipal do Rio de Janeiro disser que a capital de Pernambuco é Belém e a da Paraíba é Manaus.

Apostilas usadas pelos 56.420 alunos dessa etapa do ensino fundamental foram impressas e distribuídas para escolas com erros sobre as capitais do país.

A Folha obteve uma edição da apostila M-5 do segundo bimestre, onde os erros foram publicados. O material é de matemática, mas traz uma questão que pede que o aluno calcule as distâncias entre cidades.

Os erros estão no quadro que acompanha o enunciado da questão. Nele estão discriminados nove Estados brasileiros com suas siglas, nomes, capitais e tamanhos em quilômetros quadrados.

Nos dois primeiros Estados indicados --Pernambuco, cuja capital é Recife, e Paraíba, cuja capital é João Pessoa-- há equívocos. Um terceiro erro está na sigla do Estado da Paraíba-- está PA (que é a sigla do Pará) e não PB.

Outro problema na apostila diz respeito à padronização na grafia de números com mais de três casas decimais.

Em uma mesma questão, na qual é pedido aos alunos que dividam números acima de mil unidades, as casas decimais são indicadas ora com ponto, ora sem.

A rede pública municipal do Rio utiliza as apostilas em substituição aos livros didáticos. Quem produz o material são professores da Secretaria Municipal de Educação.

A secretaria informou, em nota, que a versão final é supervisionada pela professora Sueli Druck, do Instituto de Matemática da UFF (Universidade Federal Fluminense).

A Folha mandou e-mail e deixou recado na caixa postal do celular da professora, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.

CORREÇÃO

Segundo a secretaria, o material não chegou a ser utilizado pelos alunos. "A utilização dos cadernos pedagógicos relativos ao 2° bimestre estava prevista para a segunda semana de maio."

As apostilas, informou a pasta, foram distribuídas no início do mês e as erratas das questões, no último dia 11.

Ainda de acordo com a secretaria, quando são identificados erros, a determinação é que os próprios professores façam a correção.

Segundo Suzana Gutierrez, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, nesses casos, os docentes costumam ser orientados a rasgar a página ou a jogar a apostila fora. "É desperdício de dinheiro público."


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