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Ônibus sobe no dia 1º, abaixo da inflação, afirma Haddad
Reajuste ocorrerá na mesma data do aumento da passagem no metrô e trens
Tarifa custa R$ 3 hoje; Alckmin sinaliza que alta na rede sobre trilhos também deve ser inferior à inflação
As passagens de ônibus, metrô e trem de São Paulo vão subir no dia 1º de junho, anunciaram ontem o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Eles disseram que o novo valor será divulgado até o fim da semana que vem.
Hoje, a tarifa dos três meios de transporte custa R$ 3.
Haddad disse que o valor da passagem de ônibus não vai subir acima da inflação acumulada desde o último reajuste, em janeiro de 2011.
O prefeito disse ter orientado a Secretaria Municipal de Transportes para cumprir sua promessa de campanha.
"Pedi ao secretário e à equipe econômica para que analisem com todo o zelo, até a data limite, para que o aumento seja menor que a inflação acumulada", afirmou.
O IPCA, medido pelo IBGE e base da inflação oficial, acumulou 15,5% desde o último aumento da tarifa. O IPC, da Fipe-USP, 12,8%. O IGP-M, da FGV, atingiu 14,4%.
Os índices foram calculados até abril --os números de maio não foram fechados.
Se o aumento seguisse esses índices, o novo valor da passagem de ônibus ficaria entre R$ 3,39 e R$ 3,47.
Alckmin não disse se o reajuste do transporte sobre trilhos também ficará abaixo da inflação acumulada desde o último aumento, mas sinalizou que isso pode ocorrer.
"A gente sempre procura ver qual a inflação do período e dar um ganho de eficiência e produtividade para o usuário, ou seja, não repõe totalmente a inflação."
O reajuste tradicionalmente ocorre no início do ano, mas os governos do Estado e do município seguraram o aumento sob a justificativa de ajudar o governo federal a combater a alta da inflação.
Como não houve aumento da tarifa no ano passado, o subsídio pago pela prefeitura às empresas de ônibus (para compensar a diferença entre a arrecadação e os custos do sistema) foi recorde e chegou a quase R$ 1 bilhão.
A proposta de Orçamento enviada pela gestão Gilberto Kassab (PSD) à Câmara Municipal prevê R$ 660 milhões neste ano, o que aponta para a necessidade do reajuste.
MADRUGADA
O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, disse ontem que a prefeitura estuda criar linhas de ônibus que vão funcionar de madrugada.
"Estamos preparando uma rede 24 horas, a nova licitação já aponta para isso. Uma das ideias é, naquele horário que o metrô não funciona, colocar linhas em cima [do trajeto] para o passageiro andar como se estivesse no metrô", disse.
O metrô fecha para manutenção da 0h às 4h40.