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Após Virada, Parada Gay terá reforço antiarrastão

Com efetivo maior, PM terá esquema especial em pontos críticos e uso de câmeras

Além de evitar roubos e furtos no próximo domingo, plano de segurança visa conter ataques homofóbicos

ROBERTO DE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

O efeito Virada assusta a Parada. Preocupados com os reflexos negativos do evento cultural, marcado por uma onda de arrastões, organizadores da passeata gay querem o reforço do esquema de segurança.

"Se dois eventos dessa grandeza registrarem esses tipos de ocorrência, será a cidade de São Paulo que estará em xeque", afirma Nelson Matias Pereira, 46, diretor e um dos fundadores da Parada Gay paulistana, que ocorre no domingo. "E a opinião pública não vai aceitar."

Ao menos três questões centralizam as discussões entre a Parada, a PM e a Guarda Civil Metropolitana: aumentar o número de policiais no trajeto, dobrar a vigilância em relação aos arrastões e tentar coibir a venda ilegal de bebidas alcoólicas.

A Folha apurou que, dos 1.200 policiais militares anunciados inicialmente, o evento pós-Virada gerou um reforço de 50% no efetivo (ou seja, mais 600 policiais).

Durante a Parada Gay, que começa na avenida Paulista e vai até o final da Consolação, a PM montará esquema especial em pontos críticos.

São eles: as cercanias do Masp, por causa da grande concentração de pessoas; a esquina da Paulista com a Consolação, preocupante devido às manobras dos trios elétricos; e a região da praça da República, que receberá o show de encerramento, às 18h30.

Só para a região da República, serão deslocados 400 PMs. O local também terá mais iluminação, segundo o diretor da Parada.

A Guarda Civil Metropolitana vai quase dobrar o efetivo em relação ao ano passado: de 500 para 900 homens.

Outra medida para tentar conter os arrastões é o uso do chamado Olho de Águia pela Polícia Militar, utilizado geralmente em casos extremos.

O sistema permite comandar câmeras que podem ser instaladas em motocicletas, carros e helicópteros da polícia. As imagens são transmitidas para centrais de comando.

"É que claro que o que aconteceu na Virada se tornou um fator preocupante para nós", diz Vagner Cano, 50, coordenador de projetos e planejamento da Parada Gay.

MORTE

A Virada Cultural, que mobilizou milhares de paulistanos nos dias 18 e 19 deste mês, terminou com um saldo de arrastões, prisões e uma morte violenta, após um assalto.

"O público da Parada é diferente e mais vulnerável. Basta lembrar dos ataques homofóbicos que ocorrem", afirma Cano.

Um dos três eventos turísticos mais importantes da cidade, a 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que será realizada a partir das 12h, terá como tema "Para o armário, nunca mais: União e conscientização na luta contra a homofobia".

Em nota, a PM disse que informará "nos próximos dias" o esquema de segurança da Parada. Já a Guarda Civil Metropolitana não se manifestou até a conclusão desta edição.


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