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Agostinho Pereira Ferreira (1929-2013)

Um engenheiro do setor elétrico

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

O tio médico queria que Agostinho Pereira Ferreira fosse aos EUA aprender sobre lentes de contato. Por isso, arrumou para o sobrinho uma vaga no avião de um amigo.

Em 1948, Agostinho embarcou de carona no cargueiro de Cândido Fontoura (do Biotonico Fontoura) rumo ao hemisfério norte sem saber sequer uma palavra em inglês.

Uma vez lá, não só aprendeu o idioma como conseguiu convencer o diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade de Illinois a aceitá-lo como aluno. Em 1952, formou-se engenheiro elétrico.

Concluídos os estudos, o rapaz de Itirapina (SP), filho de uma professora e de um ferroviário, entrou para a GM, onde ajudou no projeto da direção hidráulica. Como reconhecimento, ganhou uma carta e o valor simbólico de US$ 1.

Ainda nos EUA, conheceu Kathryn, com quem se casou contra a vontade da família dela. Com mulher e filhos, mudou-se para Porto Rico, onde atuou no setor elétrico.

Voltou ao Brasil em 1961, sem entender de lentes de contato, mas com o conhecimento que o tornaria superintendente de operações de Furnas. Seria ainda diretor de operações da Eletrosul, diretor de construção da Light e diretor do Grupo Coordenador de Operação Interligada, vinculado à Eletrobras. No fim da carreira, foi consultor.

Embora tenha ocupado cargos importantes, era lembrado por sua simplicidade, como lembra a filha Isabel.

Sonhava ter uma fazenda, o que não ocorreu. Nos últimos anos, vivia em Florianópolis.

Havia pego uma pneumonia. Morreu na quinta (23), aos 84, de falência de órgãos. Teve cinco filhos e dez netos.


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