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Restrição a caminhão trava acesso ao litoral

Cubatão suspende decreto após causar filas de 50 km na Anchieta-Imigrantes

Cidade limitou acesso a pátios e deixou veículos pesados parados em rodovia; viagem de ônibus demorou até 8 h

MÁRIO BITTENCOURT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUBATÃO MOACYR LOPES JUNIOR ENVIADO ESPECIAL A CUBATÃO

Às vésperas do feriado de Corpus Christi, um decreto municipal de Cubatão (SP) que limitou o funcionamento dos pátios usados para regular o acesso de caminhões ao porto de Santos levou caos ao sistema Anchieta-Imigrantes, que registrou congestionamentos de até 50 km.

A lentidão na descida pela Anchieta chegou até São Bernardo do Campo, no ABC, deixando motoristas parados durante mais de três horas. Ônibus chegaram a demorar oito horas até Santos (viagem que leva normalmente uma hora).

Diante da dimensão do problema, a Prefeitura de Cubatão recuou no final da tarde e suspendeu o decreto --mas só até a próxima terça.

O transtorno na principal ligação da capital ao litoral levou o Estado a avaliar ações judiciais. "Não é possível fazer das rodovias do Estado estacionamento de caminhões, ainda mais chegando o feriado", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

PÁTIOS

"Tomamos essa decisão porque achamos que era o melhor para Cubatão. Não tínhamos o desejo de causar problemas maiores. Não foi uma medida simpática, nem tinha o desejo de ser", disse a prefeita Marcia Rosa (PT).

A medida, que havia entrado em vigor anteontem, proibiu os pátios da Elog e do Rodopark, em Cubatão, os únicos usados para controlar o acesso de caminhões ao porto, de funcionar das 18h às 8h. O objetivo alegado era melhorar o tráfego na cidade.

Com isso, caminhoneiros ficaram parados na Cônego Domênico Rangoni à espera da abertura dos pátios, e o congestionamento logo atingiu a rodovia Anchieta.

Às 7h40, o engarrafamento levava motoristas a desistirem da viagem rumo ao litoral. O representante comercial Marco Antônio da Silva, 59, ficou parado por três horas na Anchieta, após passar o pedágio. Acabou voltando.

"A previsão é que só melhoraria no final da tarde. Peguei uma estrada de barro, fui parar na pista contrária, voltei e só atendi meus clientes por telefone", afirmou.

A Ecovias, concessionária responsável pelo sistema, chegou a bloquear a descida de veículos pela Anchieta.

A situação foi normalizada à tarde, quando os caminhões acessaram os pátios.

Segundo a Ecovias, hoje há previsão de trânsito normal.

NOVA REUNIÃO

A prefeita, que enfrenta o desgaste de um processo de cassação na Justiça, disse que adotou a medida devido aos problemas causados por caminhões em Cubatão.

"Há anos o trânsito na cidade está caótico, sobretudo durante o dia. Pessoas deixam de trabalhar, a indústria não escoa a produção e os caminhões parados na estrada provocam poluição", disse.

A suspensão do decreto veio após reunião da prefeita com as polícias Militar e Rodoviária e Ecovias, dentre outros órgãos. O problema, porém, continua: nova reunião ocorrerá na terça, e a prefeitura não descarta retomar as restrições.


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