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Análise

Universidades do Brasil dão passos importantes, mas podem melhorar

LEANDRO TESSLER ESPECIAL PARA A FOLHA

O novo ranking do QS das universidades da América Latina traz poucas mudanças em relação aos anos anteriores. A USP continua no topo (onde está desde a primeira edição desse ranking). Entre as 100 primeiras, 28 são brasileiras. O Brasil tem uma posição de destaque na região.

O esforço de fomentar a pós-graduação de qualidade, com um rigoroso processo de avaliação acadêmica desde os anos 1970, sem dúvida é um dos responsáveis por isso. Atualmente, há uma presença importante de estudantes de pós-graduação latino-americanos no Brasil.

O que isso representa no cenário mundial? Ainda quase nada. No ranking mundial do QS, que usa critérios ligeiramente diferentes, mais voltados para pesquisa e internacionalização, a USP, primeira da América Latina, aparece em 139º. Apesar de todas as limitações que os rankings têm, isso dá uma boa medida da nossa relevância.

As universidades da região só conseguirão posições de destaque se entenderem a importância do uso da língua inglesa no meio acadêmico. Somente ensinando em inglês poderemos atrair os melhores estudantes e pesquisadores de fora da América Latina.

Existe hoje uma enorme competição por talento no mundo. O Brasil vem dando passos importantes nessa direção com iniciativas como o programa Ciência sem Fronteiras, que tem o objetivo de enviar 100 mil estudantes para universidades de qualidade no exterior até 2014.

Os próximos anos devem contemplar um forte aumento no número de pessoas buscando educação superior e uma mudança radical na forma de aprender devido à incorporação das tecnologias de educação de massa (os chamados Moocs) como complemento à formação tradicional oferecida.

Se o Brasil entender a importância disso e se adaptar às novas formas de educação, poderemos sonhar em passar de líderes regionais para atores de relevância mundial.


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