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USP lidera ranking latino pela 3ª vez seguida

Em listagem global, instituição cai para o 139º lugar; primeiras colocadas continuam sendo americanas e inglesas

Para especialistas, falta de artigos acadêmicos em inglês derrubam rendimento do país no ranking mundial

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

Se comparada às universidades da vizinhança, a USP figura --de novo-- no primeiro lugar em qualidade de ensino na América Latina.

A conclusão é de um ranking de 300 universidades da região divulgado pelo grupo britânico QS, que faz listagens de instituições regionais e de outras partes do mundo.

Ao lado da USP há outras brasileiras entre as dez primeiras: Unicamp (3º lugar) e as federais do Rio de Janeiro (8º) e de Minas Gerais (10º).

O Brasil é o país com mais universidades no ranking: são 81 no grupo (80% delas são públicas). O segundo colocado, México, tem ao todo 49 instituições. Último paísda lista, Honduras tem apenas uma no ranking.

A USP é também a primeira colocada no país no RUF (Ranking Universitário Folha), lançado em 2012.

O reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, comemorou a posição na listagem. À Folha ele disse que o resultado representa um "significativo reconhecimento da universidade".

Mas se a comparação for além da América Latina, o Brasil vai para o final da fila.

A mesma USP está em 139º lugar no QS global lançado no ano passado. A Unicamp vai para 228º na mesma lista.

No topo das listagens mundiais estão instituições dos EUA e do Reino Unido.

"Os critérios dos dois rankings [mundial e latino-americano] mudam. Os rankings mundiais têm indicadores que favorecem mais as universidades de língua inglesa", explica o linguista da Unicamp e especialista em ensino superior Carlos Vogt.

Entre esses critérios está o "indicador de impacto", que conta quantas vezes cada trabalho acadêmico foi mencionado em artigos científicos.

No ranking latino-americano do QS, esse critério vale 10% das notas recebidas pelas universidades. No ranking global, sobe para 20%.

Professores com doutorado valem também 10% no regional; a titulação não entra na conta mundial.

"A maior parte da produção científica dos países latino-americanos está na sua língua-mãe", explica Vogt.

A publicação científica em inglês é, para Ben Sowter, coordenador da pesquisa do QS, o "grande desafio" das universidades brasileiras. "O inglês é a língua oficial da ciência", diz Sowter.


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