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Manual da convivência urbana

Quando a convivência na metrópole torna-se difícil, adotar regras de civilidade melhora a vida de todos

LETÍCIA MORI DE SÃO PAULO

É difícil encontrar uma pessoa que ande de metrô e nunca tenha vivido uma cena de empurra-empurra com quem entra ou sai do vagão.

Ou quem ande na rua e não tenha visto alguém jogar lixo no chão, ou parar no meio de uma calçada movimentada para atender o celular.

Em São Paulo, onde até as regras mais simples e lógicas de convivência --como deixar as pessoas saírem antes de entrar-- são constantemente ignoradas, é fácil estampar no paulistano os rótulos de rude e apressado.

Mas se a lista de grosserias na metrópole é imensa, a de gentilezas também é.

Segundo o antropólogo José Guilherme Cantor Magnani, coordenador do NAU (Núcleo de Antropologia Urbana da USP), um olhar atento pode revelar inúmeras boas práticas urbanas na cidade.

"Boa prática é aquela da troca, do contato, da verdadeira convivência ""que permite dar, receber e retribuir", explica o antropólogo.

CONTE ATÉ DEZ

Trânsito caótico, problemas no condomínio e no trabalho são fatores de estresse para qualquer pessoa.

"É normal ter raiva. Mas é preciso treinar para responder de maneira menos agressiva", afirma a professora da PUC-SP Marlise Bassani, especialista em psicologia ambiental e qualidade de vida.

Em maio, o governo do Estado de São Paulo aderiu ao programa "Conte Até 10", criado no ano passado pelo Ministério Público.

O objetivo da campanha é justamente evitar crimes cometidos por impulso e impedir que atritos do cotidiano se transformem em tragédias.

Na semana passada, por exemplo, um empresário matou os vizinhos por causa de constantes brigas por barulho em Tamboré, cidade da Grande São Paulo.

ESPAÇO COMPARTILHADO

Para Magnani, reocupar o espaço público ajuda a aumentar as boas práticas urbanas. Ele diz que a cidade precisa de eventos como a Virada Cultural e a bicicletada.

"Não quer dizer que não haja conflito, mas é ali que a convivência se dá. [Esses eventos] ajudam as pessoas a se acostumarem com a vida pública", diz.

Veja nesta página algumas das principais saia-justas do convívio na cidade. E você, leitor, quando fará sua próxima gentileza?


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