Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Pobre incomoda', diz presidente de centro social

DE SÃO PAULO

Moradora de Higienópolis, Terezinha Piffer, 82, presidente do Centro Social e Promocional Paulo 6º, diz que, apesar da chiadeira na vizinhança de Santa Cecília, a instituição "não vai dar as costas para quem vive na rua".

Terezinha reconhece que o número de moradores de rua saídos da cracolândia tem aumentando ultimamente no centro social. "Eles migram para cá toda vez que alguma coisa acontece por lá [na cracolândia]", afirma.

Diante da procura, diz: "Criamos um dia específico da semana aqui no centro, às terças, para distribuir roupas aos homens".

Pioneiro nos arredores de Santa Cecília e Higienópolis, região central, o Centro Social e Promocional Paulo 6º desenvolve um trabalho voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo os moradores de rua.

Ligado à Paróquia Imaculado Coração de Maria, foi fundado em 1967. Com a ajuda de voluntários, ele funciona ao lado do número 735 da rua Jaguaribe, também em Santa Cecília.

"Até agora", continua ela, "não vimos nenhum inconveniente em nossa ação". Segundo a presidente do centro social, quem mora em Higienópolis também reclama dos moradores de rua por lá.

Para o empresário Roberto Carvalho, 48, morador do bairro, o problema da população de rua não é exclusividade de Higienópolis ou de Santa Cecília.

"Trabalho nos Jardins e percebo que essa situação está se tornando crescente também por lá", diz ele.

Segundo Carvalho, o problema precisa ser encarado por toda a sociedade. "Algo tem que ser feito, já. Até quando vamos jogar para debaixo do tapete?"

CADÊ AS SUGESTÕES?

Mas, afinal, por que a igreja quer mudar o centro de lugar em Santa Cecília? "Recebemos aquela propriedade para darmos um atendimento ainda maior às famílias cadastradas e aos moradores de rua, com a distribuição de alimentos, roupas, calçados, remédios, dentista e médico", explica Terezinha.

Para ela, quem está se sentindo incomodado deveria se reunir, conversar com o centro e contribuir "ao menos com sugestões para que a gente possa encontrar soluções". "Não adianta reclamar", avisa.

Diz mais: "A verdade é que o pobre incomoda".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página