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Filho de holandês morreu por asfixia, segundo perícia

Em entrevista a uma TV local, Stefan Smit afirmou ontem que a morte do menino de três anos foi 'vontade de Deus'

Laudo desmonta versão dada pela mãe, que disse à polícia que filho morreu após cair e bater a cabeça no banho

DE FORTALEZA

A Polícia Civil do Ceará afirma que a causa da morte do filho de três anos de um holandês com uma cearense foi asfixia. O casal, suspeito de homicídio e ocultação de cadáver, nega os crimes.

Os peritos não encontraram sinais de traumatismo craniano no garoto. Para o delegado-geral Luiz Carlos Dantas, o laudo desmonta a versão apresentada pela mãe da criança, que disse à polícia que o filho morreu depois de cair e bater a cabeça durante o banho.

"A causa da morte foi asfixia mecânica, mas não se pode determinar com isso que a criança foi asfixiada por alguém, porque pode haver outras causas", disse Dantas.

Stefan Smit, 37, foi preso em flagrante na noite de sábado com sua mulher, a cearense Antônia Cláudia Marques da Silva, 24, após uma denúncia anônima à polícia.

Policiais foram ao flat em que a família estava e encontraram o corpo da criança em estado de decomposição.

Conforme a polícia, o corpo tinha sinais de agressões e no local havia uma caixa e sacos de areia, que seriam usados para enterrá-lo.

Um outro filho do casal, de cinco anos, apresentava sinais de agressão e de subnutrição e foi hospitalizado.

O corpo do menino de três anos foi levado pela família materna para ser sepultado em Camocim (a 370 km de Fortaleza), cidade natal da mãe.

De acordo com a polícia, Smit vivia há seis anos no Brasil e estava ilegal.

Antônia deu versões diferentes à polícia e deve ser ouvida novamente. "Uma hora ela dizia que não podia sair de casa, outra que podia sair às vezes", afirma Dantas.

Em entrevista à TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo em Fortaleza, Smit disse que não houve tempo de chamar uma ambulância.

"Ele [filho] de repente ficou durinho. Tinha problemas para respirar. Eu queria ligar para a ambulância [...]. Ele respirou ainda um minuto no meu braço e parou", disse o holandês. "Senti, era o momento mesmo, sabia que Deus levou ele, que era vontade de Deus."


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