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Lideranças divergem sobre culpa por violência
Punks e 'estranhos' são responsabilizados
Representantes de partidos e entidades de esquerda divergem sobre a responsabilidade pela violência por parte de alguns manifestantes.
"Além dos punks e anarquistas, que têm uma metodologia de protestar com a qual não concordamos, há pessoas estranhas que agem jogando pedras", diz Helena Silvestre, do Luta Popular, movimento que defende ocupações urbanas.
José Maria de Almeida, do PSTU e da CSP-Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), vai em outra linha.
"A ação desses estudantes faz parte da vida de qualquer sociedade democrática, não responsabilizamos esses companheiros", diz. "A culpa é do Estado e do município. Não estamos preocupados com a imagem [que passam à população]. As empresas ganham tubos de dinheiro e se coloca a culpa da violência em uma pequena parcela de punks?"
O Partido da Causa Operária vai manifestar apoio aos protestos em seu programa eleitoral hoje à noite na TV. O PCO se alinha ao PSOL e ao PSTU, que participam abertamente da organização.
A Juventude do PT também diz apoiar. Mas o partido teve sua sede depredada. Ontem, o PT afirmou que seus militantes podem participar, mas como iniciativa pessoal.
Há ainda o obscuro MNN (Movimento Negação da Negação) e o Levante Popular da Juventude, braço do MST. A UNE não comentou.