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José Fulaneti de Nadai (1939-2013)

Um professor doutor em literatura

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Por causa da infância na zona rural de Alto Alegre (SP), José Fulaneti de Nadai manteria o gosto por sítios. Nos últimos anos, o doutor em literatura cuidou da propriedade que comprara em Goiás.

Fula, como o chamavam, era filho de pequenos sitiantes que cultivavam café. Por volta dos 12 anos, foi viver em Penápolis (SP), onde começou a trabalhar como locutor de rádio. Até que decidiu cursar letras na Unesp de Assis.

Quando estudante, presidiu o diretório acadêmico da faculdade e, por se opor à ditadura, foi preso três vezes.

Fez mestrado e doutorado na USP, em São Paulo. As duas teses eram sobre seu escritor favorito: o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto. Como professor, lecionou teoria literária na Funepe (Fundação Educacional de Penápolis), que chegou a dirigir, e deu aulas no curso de jornalismo da Unesp de Bauru.

Foi ainda diretor regional de Cultura em Araçatuba. Em 1982, pelo PMDB, elegeu-se vereador, o mais votado de Penápolis (que hoje tem 58.510 habitantes), com 737 votos.

Marxista, manteve-se fiel a sua ideologia até o fim da vida, como conta a mulher, Vânia, professora de matemática aposentada. Apoiou Fernando Henrique Cardoso ao Senado, mas depois se desiludiu com o político, sentimento que se repetiria com Lula.

Escrevia uma coluna semanal num jornal local, em que analisava fatos políticos ou narrava causos de um personagem (caboclo) que criara.

Fumou por 54 anos. Teve um enfisema e um câncer. Sua saúde se agravara por causa de uma pneumonia. Morreu no sábado (15), aos 73. Deixa três filhos e três netos.


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