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Foco

Última sessão do cinema de rua Lumière reúne 7 espectadores

MATHEUS MAGENTA DE SÃO PAULO

A última sessão do Lumière, cinema que surgiu nos anos 1950 no bairro do Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo) e fechou as portas ontem, teve sete espectadores, clima de despedida e risadas --estas em razão do filme exibido, a comédia romântica francesa "A Datilógrafa".

A ourives Claudia Kopelman, 49, que ocupava uma das 170 poltronas da sala 2 do Lumière, classificou o fechamento do local como "muito triste" e "desolador". "É mais um Belas Artes que se fecha em São Paulo", disse, em referência a outro tradicional cinema de rua de São Paulo, fechado desde março de 2011.

O aumento do valor do aluguel inviabilizou a manutenção do Lumière, como ocorre com outras salas de rua, menos competitivas em relação às do modelo multiplex.

Na sala 1 do PlayArte Lumière, sete das 190 cadeiras estavam ocupadas durante a exibição do filme nacional "Faroeste Caboclo". "Moro a duas quadras do cinema, venho andando. Fiquei tão triste quando soube que iria fechar que quase chorei. A vida na rua está acabando em São Paulo", disse a publicitária Geórgia Barcellos, 38.

Os nove funcionários que trabalham no local, aberto na década de 1950 como Cine Star, devem ser transferidos para outras salas do grupo PlayArte. "Dá um vazio. É como se eu tivesse perdido alguém próximo", disse o gerente Antônio José Quirino, 36. O destino do imóvel, na rua Joaquim Floriano, número 339, é incerto.


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