Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

País em protesto

Estudante é ferido por bala de borracha em Campinas

Rodrigo Fernandes foi atingido no confronto de manifestantes com PMs e guardas

Polícia Militar e Guarda Municipal negam uso do dispositivo, proibido pelo governador no início da semana

REYNALDO TUROLLO JR. ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

Para impedir que manifestantes se aproximassem da sede da Prefeitura de Campinas (SP), onde ocorreram violentos confrontos anteontem, as forças de segurança utilizaram balas de borracha. Ao menos um manifestante ficou ferido.

A reportagem encontrou esse tipo de munição no centro. Manifestantes também recolheram amostras das balas.

Depois que pessoas ficaram feridas em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) proibiu no início da semana o uso do dispositivo em manifestações.

Rodrigo Fernandes, 34, estudante, foi atingido na testa. "Não acho certo a violência da polícia nem a depredação."

O comando da Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Segurança Pública, responsável pela Guarda Municipal, negaram o uso das balas de borracha.

Inicialmente, os manifestantes foram contidos pela Guarda Municipal, que protegia o prédio da prefeitura contra invasão, e por alguns PMs. A Tropa de Choque esperou mais de uma hora para agir.

Segundo o coronel Carlos de Carvalho Júnior, comandante do policiamento na região de Campinas, "a PM nem levou para o local esse tipo de equipamento".

A secretaria também afirmou que seus guardas não tiveram acesso a balas de borracha na noite do protesto.

Entre 30 mil e 40 mil pessoas foram às ruas anteontem. A prefeitura divulgou um balanço preliminar dos prejuízos, que devem ultrapassar os R$ 700 mil.

Foram registradas nove ocorrências na região central --sete de dano ao patrimônio e duas de furto-- e 13 pessoas foram detidas, entre elas três adolescentes. Cinco foram liberadas por falta de provas.

Não houve PMs feridos, mas 16 guardas municipais precisaram de atendimento. O Samu atendeu 25 pessoas, e sete procuraram o pronto atendimento no centro.

NOVA MANIFESTAÇÃO

Ontem, 8.000 manifestantes voltaram a se reunir para pressionar os vereadores por a abrir a caixa-preta da tarifa do transporte público.

Até a conclusão desta edição, o ato seguia pacífico com cerca de 2.000 pessoas, segundo a PM.

No fim da tarde, o trânsito ficou congestionado na região da avenida Aquidaban.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página