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Atropelador de Ribeirão tem prisão decretada
Jovem morreu ao ser atingido em protesto
A Justiça de Ribeirão Preto decretou ontem a prisão temporária do empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37. Ele atropelou quatro pessoas durante manifestação e causou a morte do estudante Marcos Delefrate, 18.
Segundo a Polícia Civil, o pedido de prisão, de cinco dias, foi feito à Justiça para que o suspeito não atrapalhe as investigações. A detenção ainda pode ser prorrogada por outros cinco dias.
De acordo com o delegado Paulo Henrique Martins, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Azevedo, que está foragido desde a noite do crime, aguarda "o melhor momento" para se apresentar à polícia.
Segundo investigadores, o empresários teme sofrer represálias quando se entregar.
Na hora do atropelamento, o empresário estava com uma mulher no carro, mas ela ainda não foi identificada.
O delegado afirmou que não havia uma criança no veículo no momento do acidente --informação dada anteontem pela Polícia Militar.
A família de Azevedo relatou à polícia, de acordo com o delegado Martins, que o empresário está bastante abalado e nervoso.
Até o início da noite de ontem, ninguém havia se apresentado como seu advogado.
Azevedo é empresário de revenda de automóveis. Já teve uma loja desse segmento em Ribeirão, mas a vendeu.
A polícia informou que ele tem antecedentes por lesão corporal, ameaça e injúria. No site do Tribunal de Justiça, há 25 processos judiciais em nome dele --sendo 21 cíveis e quatro criminais.
Antes do atropelamento, um manifestante deu socos no carro e outro quebrou o vidro do veículo com um skate.
Por isso, o carro de Azevedo --um Land Rover-- foi apreendido pela polícia.
O veículo, guardado em um pátio cujo local não foi revelado, será submetido a perícia técnica.
A vítima foi atropelada na avenida João Fiúsa, área nobre da cidade, durante manifestação que reuniu cerca de 25 mil pessoas, segundo estimativa da polícia.