Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Militar estava em ataque ao Itamaraty

Vídeo do 'TV Folha' mostra que ele foi liberado por policiais do palácio após se identificar como fuzileiro naval

Marinha não informa se ele monitorava os manifestantes ou se estava protestando; sindicância foi aberta

FERNANDA ODILLA

Um fuzileiro naval estava entre os manifestantes durante tentativa de invasão do Itamaraty, no protesto que reuniu mais de 30 mil pessoas em Brasília na última quinta-feira e acabou com um rastro de destruição na Esplanada dos Ministérios.

Vídeo registrado pelo "TV Folha" mostra o fuzileiro deitado no chão e imobilizado pela Polícia Militar.

Um militar fardado tenta impedir que os policiais prendam o colega, que se levanta, mostra uma identificação e é liberado em seguida.

A Marinha abriu sindicância interna para apurar a participação do fuzileiro na manifestação da última quinta.

Com um gorro na cabeça, bermuda e camisa de manga comprida, ele aparece com um capacete da Polícia Militar nas mãos e observa, sem nada fazer, manifestantes tentando quebrar vidraças do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, cuja segurança é feita pela Marinha.

O "TV Folha" registrou o momento em que o militar a paisana entra no Itamaraty e é cercado por policiais.

No vídeo, ele avisa que é fuzileiro ante de pular as janelas quebradas e entra no prédio. "Sou fuzileiro, sou fuzileiro, porra", grita, enquanto sinaliza para um colega que estava dentro do prédio.

Ele foi imobilizado pela PM ao entrar no palácio.

A Marinha informou que a sindicância foi instaurada no sábado para "proceder as averiguações que o fato requer". O prazo é de até 40 dias para a conclusão.

A Marinha não informou se ele estava escalado para trabalhar na hora do protesto. Também não disse se ele monitorava, pelo serviço de inteligência, os manifestantes ou se estava protestando.

O regulamento militar proíbe a participação em manifestações e exige apartidarismo político. A única exceção para participar é estar "devidamente autorizado".

O vídeo também mostra Samuel Ferreira Souza de Jesus, 19, desempregado, ouvido ontem pela Polícia Civil sobre a depredação do Itamaraty.

Segundo a polícia, ele afirmou que "agiu sozinho e estava arrependido porque tinha a intenção de prestar concurso público". Samuel foi localizado pela polícia a partir da análise de imagens feitas durante o ataque ao prédio.

Nas imagens, ele aparece com uma boina marrom, uma máscara cirúrgica, vestindo uma camiseta com a palavra "Cólera" e uma referência ao filme "V de Vingança" (2006).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página