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Manifestantes terão de repensar ação, diz Fruet

Prefeito de Curitiba afirma que atos de vandalismo na sexta não podem prejudicar diálogo

(ESTELITA HASS CARAZZAI) DE CURITIBA

Eram pouco mais de 23h da última sexta quando o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), chegou à prefeitura, depredada por manifestantes nos protestos daquela noite.

A vice-prefeita, Mirian Gonçalves (PT), tinha lágrimas nos olhos. "A gente passou a semana inteira calculando como dar os 15 centavos [de redução na tarifa]. Eu juro, não acreditava que isso ia acontecer."

A prefeitura estimou em R$ 1,5 milhão os prejuízos daquela noite. Estações de ônibus, a sede do Fórum Cível e quatro agências bancárias foram apedrejadas, e um restaurante e uma farmácia, saqueados. Os detidos foram 31.

Fruet tentava manter a calma e cobrar os servidores. "Isso aqui vai ser limpo? Já foi acionada a empresa? Teve problema na central de leitos?" A cada resposta, agradecia e pedia "serenidade".

"Essa semana foi uma prova de fogo. Mas tem que ter clareza que nós estamos trabalhando com uma exceção", discursou, ainda à noite, a cerca de cem guardas que vigiaram a prefeitura e expulsaram os manifestantes mais radicais com tiros de borracha.

Na vistoria, três dos detidos ainda estavam no local. Tinham 18 anos e vestiam moletom e calça jeans.

"Esse aqui ligou para a mulher e disse que estava preso no Palácio do Planalto. Para você ver o nível de conhecimento político desse pessoal", dizia o secretário de Comunicação, Gladimir Nascimento. Nem o prefeito nem a vice quiseram vê-los.

O pedetista manifestava preocupação com a madrugada. Temia novos ataques. Disse que Curitiba "nunca havia passado" momento igual.

Questionado pela Folha, Fruet afirmou que aquela noite era "um divisor de águas". "Para o próprio movimento, também. Dispersou, formou três, quatro grupos e cada um foi para um lado. Eles vão ter que repensar a forma de agir", dizia. "Mas preciso separar o joio do trigo. Isso não pode prejudicar o diálogo."

A Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba, que tem agendado os protestos, faria assembleia na noite de ontem para definir os rumos do movimento. A organização condena o vandalismo.


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