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'Situação é de guerra', diz diretor de ONG no complexo
MARIANA SALLOWICZ DO RIOA situação ontem no conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio, era "de estado de guerra", disse Jailson de Souza e Silva, diretor do Observatório de Favelas, ONG localizada na comunidade.
Por telefone, ele descreveu à Folha o que acontecia no interior da favela. "É uma ação de vingança", afirmou.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
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Folha - Qual é a situação no Complexo da Maré?
Jailson de Souza e Silva - A favela está toda ocupada pela polícia, de forma bem violenta. Não há energia em alguns locais porque o transformador foi atingido por tiros. O lixo não foi coletado.
A presença policial é muito intimidadora, é estado de guerra.
Como o senhor avalia o que aconteceu?
Mataram o policial, é lamentável. Mas agora vão morrer outras pessoas.
Há previsão para saída dos policiais?
Eles só vão sair quando acharem quem matou. O problema é que toda a comunidade fica em suspenso por causa de uma ação desequilibrada do Estado.
O que aconteceu durante a madrugada?
O tiroteio foi terrível a noite inteira. Um menino, que disseram que é envolvido com o tráfico, foi morto dentro de casa, sem arma. Levaram o corpo dele sem fazer nenhuma perícia.