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País em protesto
Destruição foi só preliminar da Copa, diz diretora de loja depredada em BH
Concessionária foi atacada durante jogo do Brasil; prejuízo é estimado em R$ 4 milhões
Segundo diretora, PM e bombeiros foram chamados mas ajuda só chegou após os carros serem queimados
O grupo Automark, que teve uma concessionária de veículos da marca Kia destruída anteontem em Belo Horizonte, ainda não sabe se reabrirá essa loja, que fica em uma avenida que é caminho para o estádio do Mineirão.
Além do valor para a reforma, os proprietários temem uma nova destruição do local em eventuais manifestações no ano que vem, em meio à Copa do Mundo.
A loja foi uma das sete concessionárias depredadas antes do jogo entre Brasil e Uruguai, no entorno do estádio.
Larissa Lopes, gestora de Marketing e Comunicação do grupo, afirmou que a Polícia Militar só chegou quando tudo estava destruído. A PM afirma que priorizou a vida das pessoas na ação contra os manifestantes.
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Folha - Qual é o sentimento de vocês?
Larissa Lopes - É uma mistura de tristeza e decepção. No primeiro jogo quebraram vidraça. No segundo, todas as vidraças. E, agora, incendiaram carros, acabaram com a loja. E não é só isso: vidas de pais de família estão aqui. É muito triste.
Vocês pediram socorro?
Pedimos. A invasão aconteceu por volta de 16h, horário do início do jogo. Ligamos para a polícia várias vezes e para os bombeiros. Só que eles disseram que o foco é o Mineirão e que não tinham efetivo. Ficamos completamente sem apoio. O fogo se alastrou e o prejuízo aumentou e muito. Estimamos em R$ 4 milhões [estrutura da loja e cinco carros totalmente incendiados]. Além da perda, tem o sentimento de impotência.
Vocês pretendem ir à Justiça contra o Estado?
Estamos aguardando, até porque envolve vários outros empresários que estão aqui na mesma avenida. Estamos aguardando é que o Estado se prontifique, porque não sabemos se vale a pena voltar a abrir [a loja]. A gente abre, e aí? A Copa vai ter uma proporção muito maior. E a violência, como vai ser?