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No Rio, 'pitboys' são suspeitos de ataque a concessionárias
Polícia investiga três universitários por ações criminosas na Barra da Tijuca
Anarcopunks, grupos de extrema direita e esquerda, "pitboys" e pessoas ligadas ao tráfico formam o mosaico dos suspeitos de envolvimento em saques e depredação de prédios públicos e privados pelo Rio nas últimas semanas de protestos.
Para manifestantes e polícia, os grupos se aproveitaram da multidão que promoveu passeatas para praticar atos de vandalismo. A polícia, entretanto, ainda não conseguiu identificar os autores. Sobram imagens, mas faltam nomes e endereços.
A polícia suspeita, porém, que três jovens universitários, moradores de um condomínio de luxo, tenham participado das ações criminosas ocorridas na Barra da Tijuca (zona oeste), no dia 21, quando lojas e concessionárias de carros foram atacadas.
Com idades entre 18 e 25 anos, eles serão chamados para prestar depoimento na próxima semana.
Um deles é lutador de MMA (artes marciais mistas) e treina numa academia local.
Eles foram identificados por características físicas e tatuagens.
De acordo com a Polícia Civil, 44 pessoas foram detidas sob suspeita de vandalismo durante os protestos.
Eles são suspeitos de crimes como formação de quadrilha, furto, dano ao patrimônio e corrupção de menor. A OAB do Rio considerou as prisões "aleatórias e arbitrárias". Apenas 13 permanecem presos, sendo nove moradores da Cidade de Deus.
ANARCOPUNKS
Grupos anarcopunks há tempo frequentam as manifestações na cidade. Mas os atos de vandalismo generalizado nunca foram possíveis em razão do pequeno número de pessoas nas ruas.
Arthur dos Anjos Nunes, 21, único com prisão decretada depois de investigação, é anarcopunk e membro da Fist (Federação Internacional dos Sem-Teto).
Esses, porém, não são os únicos presentes. Involuntariamente, formam uma aliança involuntária com neonazistas, nacionalistas extremistas e grupos de esquerda radical, que também defendem o ataque às instituições do Estado, mas com objetivos políticos distintos.
