Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Protestos bloqueiam rodovias em São Paulo

Dutra, Ayrton Senna, Anchieta, Anhanguera e Régis Bittencourt tiveram tráfego interrompido por manifestações

Segundo a PM, 7.000 pessoas se reuniram na avenida Paulista; mesmo assim, trânsito ficou abaixo do normal

DE SÃO PAULO

São Paulo teve ontem um dia de contrastes. Enquanto o trânsito na cidade (15 km de lentidão ao meio-dia) em nada lembrava o de uma quinta-feira normal, vias importantes da cidade e rodovias da região metropolitana eram bloqueadas.

Os atos, convocados pelas centrais sindicais, interromperam o trânsito nas rodovias Presidente Dutra, Ayrton Senna, Anchieta, Anhanguera e Régis Bittencourt.

No país, foram 82 protestos, com 52 bloqueios em estradas. Cerca de 90 mil pessoas participaram das manifestações.

Em comum, os atos tiveram uma pauta ligada aos trabalhadores --como a redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.

Na avenida Paulista, segundo a Polícia Militar, 7.000 pessoas participaram do protesto. Fechada por manifestantes nos dois sentidos ao meio-dia, a via só foi reaberta após quase quatro horas.

Antes disso, pela manhã, grupos de 200 a 2.000 pessoas percorreram várias vias da grande São Paulo.

Houve registro de interdições parciais nas avenidas Washington Luiz e 23 de Maio (zona sul), do Estado, na região central, na Radial Leste, e Jacu-Pêssego (zona leste), além de trechos das marginais Pinheiros e Tietê.

Mesmo com as manifestações, o pico de congestionamento na cidade, medido ao meio-dia pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), chegou aos 15 km, dos 868 km monitorados pelo órgão.

Em um dia útil comum, o congestionamento oscila entre 34 km e 70 km no horário.

No fim da manhã, um estacionamento na avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste, uma das mais importantes da cidade, era um exemplo do dia atípico no trânsito paulistano.

"Não apareceu ninguém, é muito estranho", afirmou um funcionário. "Nunca vi o movimento tão baixo assim, estamos às moscas."

ESTRADAS

Apesar de menores em relação aos protestos de junho, as manifestações de ontem causaram transtornos.

No início da noite, um grupo do movimento sem-teto interditou a Régis Bittencourt, na altura de Embu das Artes, e ateou fogo em pneus.

Durante a interdição, dois manifestantes foram atropelados em uma via lateral. Eles não correm risco de morte.

Uma das maiores interdições ocorreu em Guarulhos, onde 2.000 pessoas fecharam a via por uma hora.

O comerciante Sebastião da Silva, 45, enfrentou uma saga pela região de Itaquaquecetuba para chegar à seguradora em que faria a vistoria de seu carro. "Estou há duas horas preso aqui. Mas vou tentar chegar", disse.

A professora Regina Lousa, 46, ficou "encurralada". "Quero ir para minha casa na Vila Galvão e não consigo. Quase uma hora aqui."

Na Anhanguera, funcionários da empresa de cosméticos Natura se arriscaram para atravessar a rodovia e conseguir sair do trabalho durante protesto que interditou a via no sentido interior.

A empresa, que fica em Cajamar, na Grande São Paulo, liberou funcionários que trabalham entre as 6h e 22h de ontem por causa dos atos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página