Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

No Rio, grupo anarquista ataca PM com pedras

Em São Paulo, simpatizantes do 'black bloc' picharam agências bancárias

Manifestantes tentaram invadir sede do governo do Rio; em BH e Porto Alegre, transporte público foi paralisado

DE SÃO PAULO DO RIO

Grupos anarquistas, adeptos do "black bloc" ("bloco negro", uma forma violenta de se manifestar), protagonizaram cenas de violência e vandalismo ontem em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, um grupo agiu nas imediações da sede da Rede Globo, no Brooklin, na zona sul. Com o rosto coberto, os manifestantes picharam em bancos os dizeres "casa de agiotas".

As pichações também atingiram outros estabelecimentos, postes e depois paredes de portarias da Rede Globo.

Quando os manifestantes retornavam a uma praça das imediações, derrubaram tapumes de obras viárias.

Também tentaram depredar um ponto de ônibus com publicidade e uma agência bancária, sem sucesso.

PEDRAS E BOMBAS

No Rio, duas passeatas, em pontos diferentes da cidade, terminaram em confronto entre manifestantes e policiais.

No centro, um grupo de adeptos do "black bloc" de cerca de 250 pessoas, vestidas de preto e com o rosto oculto por panos ou máscaras, atirou paus, pedras e coquetéis molotov contra PMs.

Os artefatos estavam escondidos sob bancas de jornais. Os policiais responderam com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.

A manifestação reuniu cerca de 10 mil pessoas.

Em uma página em uma rede social, os simpatizantes do "black bloc" eram orientados a levar bandeiras pretas para que pudessem se encontrar "no meio daquele mar vermelho", uma referência aos símbolos das centrais sindicais.

Outro grupo, com cerca de 500 pessoas --entre eles alguns simpatizantes do "black bloc"--, se dirigiu ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul, sede do governo estadual. Gritavam "Cabral, renuncia!" e outras palavras de ordem contra o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Por volta das 20h, tentaram invadir o palácio. Foram reprimidos com mais bombas de gás lacrimogêneo e com jatos d'água.

Em nota, o governador afirmou que "o vandalismo não será tolerado" e que há grupos "com o objetivo claro de gerar o pânico".

OUTROS ESTADOS

O protesto de ontem interrompeu a circulação de ônibus e trens, suspendeu aulas e alterou a rotina em diferentes capitais do país.

O impacto foi mais visível nas cidades onde o transporte público parou, como Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), que viveram ontem clima de feriado.

Em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, o sindicalista João Carlos Brum da Silva, 51, foi atropelado durante manifestação na BR-116. Seu estado é grave.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página