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Quaraí tem dois cirurgiões; um deles é o prefeito

O serviço público de saúde de Quaraí tem só dois cirurgiões: um tem mais de 70 anos e o outro é o prefeito, Ricardo Gadret (PTB).

A diretora do Hospital de Caridade, Daniele Garcia, diz que não há substitutos e que o trabalho é excessivo.

Além de despachar na prefeitura até o fim da tarde, a rotina de trabalho de Gadret, 42, inclui cirurgias no hospital até três vezes por semana à noite.

Um dos motivos de sua dupla função no município é manter a prática profissional. O outro, afirma ele, é a escassez de mão de obra especializada na cidade.

O prefeito diz que a falta de profissionais brasileiros mostra que a faixa de fronteira precisa ter tratamento diferenciado. "A legislação deveria ser específica para essas áreas, como uma zona de transição."

Sem conseguir contratar traumatologistas de maneira fixa, a gestão do Hospital de Caridade está prestes a fechar acordo com um grupo de profissionais de Alegrete, a 125 km da cidade.

O projeto prevê que os traumatologistas irão a Quaraí duas vezes semanais para atender urgências. Nos dias em que a especialidade ficará descoberta, a ideia é contar com auxílio à distância, via internet.

"Se acontecer um acidente, a pessoa receberá atendimento de um clínico, que vai fazer os exames. A gente fotografa os exames e manda por e-mail para o grupo de médicos de Alegrete", diz a diretora Daniele Garcia.

O especialista, então, vai avaliar a situação e orientar à distância o clínico geral sobre procedimentos a serem feitos, como contenções, em casos que não sejam críticos.

Hoje, até situações simples de traumatismos geram transferências de pacientes para cidades maiores que ficam a até 600 km.


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