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Paulínia é a 1ª a adotar passe livre após protestos
DO UOLA cidade de Paulínia (a 117 km de São Paulo) é a primeira do país a adotar a tarifa zero no transporte público após a recente onda de manifestações que tomou as ruas do país a partir do mês passado.
A medida foi anunciada ontem pelo prefeito Edson Moura Junior (PMDB) e vale a partir do próximo dia 1º. Hoje, a tarifa é de R$ 1.
A assessoria de imprensa da prefeitura diz que "estão sendo feitos estudos com as empresas de transportes para determinar os custos" da medida.
"A cidade é muito rica, arrecada por mês R$ 80 milhões, não tem razão para não subsidiar integralmente a passagem", disse a assessoria da administração por meio de nota.
Com cerca de 87 mil habitantes, Paulínia tem um orçamento anual de R$ 1 bilhão. O município concentra um grande parque petroquímico, com refinarias e indústrias de processamento de petróleo.
Integrante do MPL (Movimento Passe Livre) em São Paulo, o professor de história Lucas Monteiro afirmou que a medida "prova que é possível implementar a tarifa zero em qualquer outra cidade". "Dinheiro para isso há. A questão é ter isso como política pública", disse.
Há outras cidades, como Agudos e Potirendaba, também no interior paulista, e Porto Real, no Rio, onde a gratuidade já existia antes dos protestos.