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Homem que diz ter sido queimado é acusado de dar 'golpe do seguro'
Analista havia dito que ladrão se irritou porque ele tinha só R$ 100
A Polícia Civil de São Paulo indiciou o analista financeiro Marcelo Gonçalves da Silva, 41, sob suspeita de estelionato por fraude para receber o seguro de um carro.
Segundo a polícia, em 7 de junho Silva alegou ter sido queimado no Brooklin (zona sul) depois que ladrões se irritaram porque ele tinha apenas R$ 100. Na época, ele afirmou ter sido vítima de sequestro-relâmpago quando parava sua Pajero TR4 2012 numa paralela à av. Luis Carlos Berrini.
Um assaltante teria assumido a direção. O outro, no banco traseiro, o teria queimado com líquido inflamável e um isqueiro. Silva disse na época que abriu a porta e pulou do veículo, sendo socorrido por um taxista.
Ele foi internado na UTI com queimaduras de primeiro e segundo graus em mãos, braços, pescoço e rosto. O veículo foi encontrado carbonizado horas depois.
Agora, a polícia diz ter evidências que contrariam essa versão. A principal é uma camiseta preta parcialmente queimada encontrada perto de onde o veículo foi deixado. A roupa, conforme a investigação, é do próprio analista.
Os investigadores também dizem que, no dia do suposto assalto, Silva havia levado a Pajero até uma loja de som automotivo para retirar todo o equipamento multimídia.
A polícia diz que, diante das evidências do "golpe do seguro", ele admitiu que havia ateado fogo no carro e disse que tentara o suicídio, mas que saiu do carro assim que o fogo começou a se alastrar.
A reportagem não conseguiu localizar o analista financeiro ou seu advogado.