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Izaura Marques Piffer (1923-2013)

Izaura Marques, uma atriz do rádio

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Para se proteger do aguaceiro que caía, Izaura Marques Piffer entrou num prédio. Era o edifício da rádio Piratininga, no centro de São Paulo.

A moça de Socorro (SP), que já participara de programas infantojuvenis em rádios de Campinas, decidiu naquele 1941 tomar o elevador até a emissora e pedir uma chance.

Chance que lhe deram e que ela aproveitou bem. Aprovada no teste, combinou com o diretor o dia de sua estreia. Mas, na data marcada, ao chegar à emissora, soube que o diretor havia sido trocado.

Bateu o pé, até que a encaixaram numa novela, no papel de empregada. Tinha de dizer "Sim, senhor" quando a mandassem abrir a porta. Foi além e disse: "Sim, senhor, pois não, um instante, já vou atender. Deve ser o dr. Jaime. Ele disse que viria falar com o senhor".

A partir dali, a carreira de Izaura Marques como atriz em rádio, teatro e TV duraria mais de 40 anos. Passou pelas rádios São Paulo, Bandeirantes, Excelsior e Nacional.

Também fez trabalhos na TV Paulista, onde o marido, Antônio, trabalhou como câmera, seguindo a filha Carla.

Aposentou-se em 1985. Mas não parou: participou de um programa para a terceira idade na USP. Fez oficinas de jornalismo e cursos de textos. Escreveu contos e crônicas. Dizia que "a vida nos transforma em contadores de histórias".

Adorava conversar (era muito franca, segundo a filha), tomar um cafezinho e comer um pão de queijo. E não gostava de preconceitos.

Hipertensa, descobrira uma neoplasia no estômago. Viúva desde 1968, morreu na quinta (25), aos 90 anos, devido a um edema pulmonar. Teve duas filhas e cinco netos.


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