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Linha 6 do metrô não tem interessados

Edital terá de ser refeito e a conclusão da obra, prevista inicialmente para 2019, deve ficar para o ano seguinte

Bandeira da gestão Alckmin, 'linha das universidades' será 1ª a ser construída e operada pela iniciativa privada

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

A linha 6-laranja do metrô, que ligará a Brasilândia (zona norte) a São Joaquim (região central), terá novo atraso.

Ontem estava marcada a abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas na licitação, uma PPP (Parceria Público Privada) de R$ 7,8 bilhões.

Mas ninguém apareceu e, após 31 minutos, a concorrência internacional foi considerada oficialmente "deserta".

Chamado de "linha das universidades" por cruzar as áreas de PUC, Faap, Mackenzie e FMU, o ramal de 15 km e 15 estações ficou famoso em 2011, após polêmica envolvendo críticas de parte dos moradores de Higienópolis contra estação no coração do bairro.

A estimativa é que 634 mil passageiros o usem por dia.

A linha é uma das bandeiras da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que ao lançar o projeto previa o início das obras para o mês de junho. Prevista inicialmente para 2019, a conclusão deve ficar para 2020.

A licitação já havia atrasado. O edital precisou ser republicado após o questionamento de empresas, que formularam 176 perguntas.

O governo considera a licitação "um paradigma", por ser a primeira "PPP integral".

Nesse modelo, o vencedor da concorrência ficará responsável por desapropriações, construção da linha e compra de trens. E terá a concessão para operá-la por 19 anos.

Pelo edital, o investidor terá que aplicar 20% dos R$ 7,8 bilhões previstos e obter mais 30% por meio de financiamentos próprios. O Estado arca com os 50% restantes.

A PPP teve aval do Banco Mundial e foi baseada em propostas das empresas Odebebrecht Transport, Queiroz Galvão e Consórcio Galvão-Somague Engenharia.

Esse tipo de PPP é diferente do adotado na linha 4-amarela, a primeira do metrô a ser concedida, em que o Estado construiu tudo e repassou a operação para a iniciativa privada.

DÚVIDAS

Em nota, o governo afirma que devido à ausência de propostas, "existe a necessidade de esclarecer vários pontos do edital que não foram totalmente compreendidos".

Para a gestão Alckmin, as dúvidas das empresas são causadas pela "complexidade da modelagem do projeto e das recentes alterações na legislação tributária e das PPPs".

Uma reunião foi convocada para a semana que vem, com o objetivo de "analisar e aperfeiçoar os principais aspectos do projeto para que um novo edital possa ser publicado ainda este mês".


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