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Museu do Ipiranga é fechado às pressas
Em mau estado de conservação, instituição mantida pela USP suspendeu atividades no sábado, sem data para reabrir
Diretoria do museu tomou decisão após vistoria na sexta, mas só emitiu nota oficial no domingo
No fim de semana mais quente do inverno, com temperatura de quase 30ºC, o parque da Independência estava cheio. Mas quem chegava ao Museu Paulista da USP, ali localizado, dava com a cara na porta. O Museu do Ipiranga, como é conhecido, foi fechado às pressas e por tempo indeterminado no sábado.
O público era alertado por funcionários na rampa lateral e por cartazes nas portas e tapumes que cercam a entrada principal, fechada há meses --em dezembro de 2012, reportagem da Folha mostrou vários problemas de infraestrutura e conservação, e em maio a USP anunciou investimentos de R$ 21 milhões para as obras de restauro.
Ontem à tarde, a diretoria do museu soltou um comunicado, no qual dizia que, embora o fechamento parcial ou total estivesse previsto para a reforma, foi acelerado após vistorias feitas na sexta.
O comunicado trazia data de 3 de agosto, mas, segundo informou a assessoria de imprensa, "problemas no sistema" impediram que fosse veiculado no próprio sábado.
Questionada pela reportagem, a assessoria disse não ter informações exatas sobre as condições que levaram ao fechamento imediato.
Espera-se que uma equipe técnica da USP faça hoje uma visita para avaliar a possibilidade de reabertura.
Com acervo e atividades voltadas para a história do país, o museu foi inaugurado em 7 de setembro de 1895. Entre suas peças mais conhecidas está "Independência ou Morte", tela pintada por Pedro Américo em 1888.
No primeiro domingo de cada mês, como ontem, o local tem entrada franca e, segundo estimativas de funcionários, nessas ocasiões recebe cerca de 3.000 pessoas.
