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Trem descarrila, afeta metrô por 9 horas e agrava filas

Acidente raro na linha 3-vermelha leva a bloqueio em estações e trava sistema

Composição que saiu dos trilhos na Barra Funda por causa de quebra em jogo de rodas havia sido reformada

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO BRUNO BENEVIDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um descarrilamento raro na história do Metrô de São Paulo atingiu ontem a linha mais movimentada da rede, restringindo os serviços por mais de nove horas e levando até ao fechamento de estações para evitar a superlotação das plataformas.

O acidente na linha 3-vermelha ocorreu por volta das 12h, com a quebra no jogo de rodas de uma composição reformada em 2011, segundo informações do Metrô. Não houve feridos, mas os passageiros tiveram que usar a plataforma de emergência.

Uma das vias entre as estações Santa Cecília e Barra Funda ficou totalmente parada por mais de nove horas.

O Metrô chegou a soltar alertas para que a população evitasse a linha 3, que transporta mais de 1,1 milhão de usuários/dia. No começo da noite, havia filas de mais de cem metros para embarcar.

À tarde, as catracas de algumas estações da linha 3 foram fechadas, para evitar superlotação das plataformas.

Segundo usuários, trens demoravam até 20 minutos para passar. Houve reflexos nas demais linhas que fazem interligação com a vermelha.

"Estou até assustada, em geral esse horário é sossegado", disse Priscila Laiza, que trabalha no centro e se tentava acesso ao metrô às 15h.

A assessoria de imprensa do Metrô diz não ter registros de descarrilamento em operação comercial (ou seja, com passageiros sendo transportados) nos últimos anos.

Houve um caso semelhante em 1999, na linha 1-azul, também sem feridos.

Já na rede da CPTM, que tem um sistema mais antigo, houve ao menos seis casos desde janeiro de 2012.

O número de panes do Metrô de São Paulo aumentou nos últimos anos. Os casos que provocam paralisação por mais de cinco minutos saltaram de 28, em 2010, para 66, em 2012. Já na CPTM os casos mais graves caíram de 49 para 28 nesse período.

SINDICÂNCIA

O descarrilamento de ontem ocorreu a 300 metros da plataforma da estação Barra Funda. O trem se aproximava para desembarcar usuários. A falha ocorreu no quinto vagão --de um total de seis.

A companhia abriu sindicância para apurar as causas no prazo de 30 dias.

Segundo especialistas, a maior preocupação são as consequências do acidente. Como o descarrilamento afetou o chamado terceiro trilho, que a faz a alimentação de energia do sistema, a pane se arrastou durante todo o dia.

Segundo o professor Telmo Porto, da Escola Politécnica da USP, que também trabalha no setor privado, a baixa velocidade do trem, que se aproximava da estação, contribuiu para que não houvesse feridos no episódio.

De acordo com ele, o descarrilamento não deve deixar a população preocupada. "O Metrô daqui é um dos mais seguros do mundo."

O especialista não descarta ter havido um problema na via para provocar o acidente.


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