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Diamantina Torres Fontana (1916-2013)

Colecionou quase 3.000 xícaras

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Mal a visita chegava, Diamantina Torres Fontana já a levava para conhecer a sua coleção de quase 3.000 xícaras --devidamente guardada em armários de vidro para evitar que ficasse empoeirada.

Algumas peças eram presentes de amigos, mas boa parte havia sido comprada por ela, inclusive como lembrança das viagens que fez ao lado do marido, Paulino Fontana.

O casal era proprietário de comércio, e Diamantina passava os dias literalmente atrás do balcão. Só lá pelos 50 anos, pressionados pelos filhos, é que eles "se permitiram" tirar férias. Foram para a Itália visitar parentes e conhecer as origens da família. Já a extinta União Soviética foi um dos lugares preferidos.

Gaúcha de Santa Maria, foi ainda mocinha com a família para a recém-criada Concórdia (SC), onde conheceu Paulino. Lá, viveram por cerca de 40 anos, quando então se mudaram para Umuarama (PR), outra pequena cidade que começava a se desenvolver.

Gostava de contar sobre os "tempos difíceis" que viveram, quando havia poucas estradas e quase nenhum serviço público ou privado.

Certa vez, em uma viagem a São Paulo, o casal comprou uma cabine de caminhão. Faltavam a carroceria e também as portas. Para poder transportar as mercadorias para Santa Catarina, improvisaram com tábuas que conseguiram em uma serralheria no vale do Anhangabaú.

Muito lúcida e ativa, Diamantina já programava a festa para comemorar os cem anos. Morreu na quinta (1º), aos 97, de câncer. Viúva há 12 anos, deixa quatro filhos, seis netos e dois bisnetos.


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