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Cubanos voltam à mira do Ministério da Saúde
Padilha afirma que vai buscar outros países
Frente à baixa adesão de brasileiros ao programa Mais Médicos, o governo recuperou o discurso de que será preciso buscar profissionais no exterior, o que deverá incluir os de Cuba.
"Vamos buscar Espanha, Portugal e Argentina, países que têm o maior número de inscrições [na primeira rodada do Mais Médicos], e Cuba, que já ofertou [6.000 médicos] para o Ministério das Relações Exteriores", afirmou o ministro Alexandre Padilha.
"Vamos fazer as discussões agora, vamos começar a conversa", disse.
Essa é a fala mais enfática do ministro no sentido de trazer médicos cubanos. Até o momento em que o governo congelou as negociações com Cuba, como revelado pela Folha, Padilha se limitava a dizer que o programa não discriminaria nenhum país.
No entanto, ao lançar a medida provisória do Mais Médicos, em julho, o governo decidiu limitar as inscrições, nessa primeira rodada, a cadastros individuais --o que prejudicaria inscrições de médicos cubanos, cuja negociação é feita com o governo.
Para o CFM (Conselho Federal de Medicina), a fala do ministro sobre acordos com Cuba e outros países não traz surpresas.
O resultado da primeira chamada do programa mostrou que os médicos que já atuam no Brasil preencheram apenas 6% das 15.460 vagas para médicos demandadas pelas cidades.