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A cada 10 jovens infratores, 5 são reincidentes

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE ÉRICA FRAGA AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

Ao menos cinco em dez adolescentes detidos por delitos como roubo e tráfico voltam a praticar alguma infração, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A dificuldade em conseguir emprego contribui para a alta reincidência. Para reduzir o problema, alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, têm tentado aproximar jovens e empresas.

Diogo Santos da Silva, 23, ex-interno da Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo), do Rio Grande do Sul, diz, por exemplo, que "abraçou a chance" quando, em audiência na Justiça, perguntaram se ele gostaria de participar do programa POD Socioeducativo.

No projeto, jovens que saem da internação recebem uma bolsa de ensino profissionalizante.

Diogo fez um curso de padeiro. Há pouco mais de dois anos, trabalha na padaria de um supermercado de Porto Alegre.

"Era a oportunidade de arrumar trabalho, de seguir a vida do jeito que ela tem que ser", diz ele, que havia sido detido por homicídio.

A Fase também tem tentado inserir os jovens infratores no mercado de trabalho por meio do programa "Aprendiz Legal", que determina que uma fatia das vagas de médias e grandes empresas sejam ocupadas por jovens de 14 a 24 anos.

Falhas no sistema socioeducativo no país também são apontadas como razão da alta reincidência. Em inspeções às unidades socioeducativas dos diferentes Estados, o CNJ encontrou problemas como superlotação e determinou que uma série de mudanças sejam adotadas.

"Em alguns casos, há uma afronta aos direitos humanos, diz Guilherme Calmon, conselheiro do CNJ.


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