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Haddad desiste de construir obras do Arco do Futuro

Prefeitura diz não ter recursos para vias --que foram exaltadas na campanha

Promessa de licitação foi excluída das metas; após mal-estar, gestão diz buscar outra forma de viabilizar projeto

DE SÃO PAULO

Obras estratégicas do Arco do Futuro --uma das principais promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT)-- não são mais prioridade da administração petista.

A secretária de Planejamento e Gestão, Leda Paulani, anunciou ontem a desistência de construir as vias paralelas à marginal Tietê que faziam parte do projeto.

Para ela, as obras são "caras" (não revelou quanto) e a prefeitura não tem condições orçamentárias de fazê-las.

A declaração foi dada na Câmara, na apresentação do resultado de audiências do Plano de Metas até 2016.

A gestão Haddad também fez uma alteração no plano, retirando a promessa de projetar, licitar e garantir financiamento dessas obras.

As informações dadas pela secretária, na ausência do prefeito, provocaram mal estar na prefeitura por envolver um projeto repetido à exaustão na campanha eleitoral.

À tarde, a gestão Haddad divulgou nota para dizer que, apesar do discurso da campanha pelo Arco do Futuro, a execução e a entrega das obras não tinham sido prometidas no Plano de Metas.

Ela disse ainda pretender viabilizar as obras por meio de Operações Urbanas --que dependem da iniciativa privada, sem dinheiro público.

A mudança de prioridade em relação ao Arco do Futuro ocorre pouco mais de dois meses depois da onda de protestos que acabou na redução da tarifa de transporte na cidade, de R$ 3,20 para R$ 3.

Logo após baixar a tarifa, Haddad declarou que a decisão geraria impacto em outras áreas. "Precisamos abrir a discussão sobre as consequências dessa decisão para o futuro. O investimento acaba sendo comprometido", disse ele, em 19 de junho.

Ontem, a secretária de Haddad também oficializou a desistência da obra do túnel da avenida Roberto Marinho --projeto que envolve mais de R$ 2 bilhões.

O Arco do Futuro é um plano de reforma urbana ao longo de grandes avenidas.

"Isto é apenas um dos elementos. O projeto continua existindo. O principal do Arco é levar emprego onde tem moradia e moradia onde tem emprego, isso será feito", disse Leda Paulani, para quem a proposta "não se reduz" às obras de apoio viário.

Os apoios norte e sul da marginal Tietê, porém, faziam parte das principais obras exaltadas no Arco --no primeiro caso, com 17,5 km; no segundo, com 8,4 km.

Em seu vídeo de campanha eleitoral, Haddad declarou que as melhorias iriam ocorrer "através de novas vias e melhor aproveitamento das avenidas já existentes".


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