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Foco

Polícia retira 180 famílias de prédio no centro de São Paulo

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Cerca de 180 famílias foram retiradas ontem de um prédio que ocupavam na rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. O proprietário do imóvel conseguiu na Justiça uma ordem para a remoção das pessoas do local.

A prefeitura afirmou que os moradores receberam um apoio habitacional de R$ 900 e que "o prédio é inviável para ser transformado em Habitação de Interesse Social".

Para retardar a reintegração de posse, os moradores fizeram uma barricada com móveis velhos. "Não tínhamos advogado aqui. Precisávamos de tempo porque estávamos com medo de repressão policial", disse Edson Costa, 32, que mora no edifício há seis anos.

Os bombeiros e a polícia retiraram a barricada e derrubaram o portão do prédio.

A camelô Rosimeire Jesus, 29, disse que não tem para onde levar a filha de dois anos. "Esse dinheiro mal dá pra viver, como pagar aluguel?"

Em um prédio na rua Marconi, também no centro, moradores fizeram um panelaço em protesto contra outra ordem de reintegração de posse.

A retomada do local, que é particular, ainda não tem data para ocorrer. Um decreto municipal determinou a área como de interesse social.

Um laudo dos bombeiros atestou irregularidades, como fiação exposta e botijões de gás. No prédio, vivem 170 famílias.

Ontem, moradores colocaram os botijões na entrada do edifício e protestaram batendo em panelas. "Se temos problemas, vamos resolvê-los. Por que retirar as famílias?", disse Manuel Morezzi, 31, que mora no local há 11 meses.


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