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Jovens são detidos no DF sob suspeita de queimar mendigo

Segundo a polícia, dois rapazes e uma adolescente de Guará confessaram ter ateado fogo em morador de rua

Homem, que teve 63% do corpo queimado, morreu no hospital; suspeitos afirmaram ter consumido drogas

DE BRASÍLIA

Três jovens, com idades entre 15 e 18 anos, são apontados pela polícia do Distrito Federal como autores do assassinato do morador de rua Edivan Lima da Silva, 48, que teve o corpo queimado.

O crime ocorreu na madrugada do dia 1º de agosto no Guará, cidade no entorno de Brasília. Anteontem, a polícia concluiu a investigação com a prisão de Wesley Lima da Silva, de 18 anos. Ele estava com um rapaz de 15 anos e uma menina de 17 --apreendidos dias após o crime.

De acordo com as investigações, os três compraram pouco mais de um litro de gasolina num posto e seguiram para a praça onde dormia a vítima. Câmeras registraram a presença dos amigos por volta de 4h35 da madrugada.

Segundo o delegado Jeferson Lisboa, responsável pela investigação, eles contaram em depoimento terem tomado vinho e fumado maconha antes de irem ao posto. O mais velho afirmou ainda ter consumido LSD.

Do posto, eles seguiram para uma praça, onde quatro moradores de rua dormiam.

Segundo a polícia, foi a adolescente quem jogou o líquido inflamável. "Três [moradores] se assustaram, mas o outro [Silva] estava num sono mais profundo."

O delegado afirma que Wesley jogou o fósforo sobre o morador de rua. Após a ação, os três fugiram.

A vítima foi levada para um hospital da capital com 63% do corpo queimado. Ele morreu dois dias depois.

HISTÓRICO

Segundo a polícia, os jovens são de classe média --a garota é filha de um policial federal. Os rapazes já foram apreendidos ao menos cinco vezes por motivos como desacato, porte de drogas e roubo.

Os jovens devem responder por homicídio qualificado e três tentativas de homicídio. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos jovens.

Para a polícia, há semelhanças com o caso do índio Galdino Jesus dos Santos, que teve o corpo queimado em 1997, em Brasília, por cinco adolescentes --que confessaram ter ateado fogo como uma "brincadeira". Eles foram condenados em 2001.


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