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Cotidiano

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Embargado, aeroporto de São Roque ganha aval ambiental

Após multa de R$ 5 mi da Cetesb, construtores ganham autorização de conselho

Projeto no interior de SP está previsto para 2014; empresa nega ter cometido irregularidades

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

O projeto do aeroporto de São Roque (a 59 km de SP) recebeu ontem aval do Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) --apesar de estar embargado pela Cetesb.

O empreendimento da JHSF está programado para ser entregue, parcialmente, em maio de 2014, antes da Copa. Embora seja privado, é considerado de utilidade pública --apontado como opção a jatinhos que devem ser retirados do Campo de Marte.

O aval ambiental foi dado após votação no conselho --com 16 votos a favor, 6 contra e outras 6 abstenções.

Ele ainda não dá direito aos empreendedores de iniciar as obras, mas é um passo nessa direção.

A JHSF, agora, vai ter que atender a outras exigências da Cetesb (agência ambiental paulista) para conseguir a licença de construção.

O embargo, que corre em processo paralelo, também terá que ser derrubado.

A construção do aeroporto é prevista simultaneamente à de um shopping e dez torres comerciais --separados pela rodovia Castello Branco.

Em julho, depois de vistorias, tanto a Cetesb quanto a polícia ambiental apontaram haver irregularidades nas obras do shopping e no terreno do futuro aeroporto.

Por falta de licença, por manejo de eucalipto e corte de mata nativa, os empreendedores receberam uma multa de R$ 5 milhões e tiveram a obra interditada.

O presidente da JHSF, José Auriemo Neto, rechaçou ontem qualquer irregularidade e negou que tenha feito obras na área do aeroporto.

IMPACTO

Na reunião do Consema, convocada de forma extraordinária, ambientalistas e moradores de São Roque fizeram críticas ao projeto.

Eles alegam temer ruído excessivo dos aviões, impacto químico sobre lagoas e rios, destruição de cerrado e sumiço de aves e mamíferos.

"Os estudos apresentados até agora não estão avaliando bem os impactos ambientais e sociais que vão ocorrer principalmente do lado da cidade de Mairinque", disse Renzo Bernacchi, engenheiro e também morador da área.

Eles afirmam que parte de um condomínio residencial vizinho deverá ser atingido pelo barulho dos aviões.

"É uma área criada em 1972, onde, até hoje, nós preservamos matas e cerrado. São chácaras, com muitas áreas abertas. Não dá para isolar só as casas, com blindagem", afirmou Bernacchi.

Segundo ele, a associação de moradores que ele representa não é contra nem a favor do projeto. "Mas lutaremos pelos nossos direitos."


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