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Na Bahia, cubanos fazem fila por laptop para falar em casa

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

"Oi, filha, é a mamãe para falar que já chegamos. Foi tudo bem. Estamos na Bahia."

O contato da cubana Gema Andrea com a família, em Havana, durou menos de dois minutos e aconteceu após a aula inaugural do programa Mais Médicos, em Salvador.

Ela faz parte do grupo de 50 profissionais de Cuba que desembarcou anteontem à noite na cidade.

Gema disse estar emocionada. E explicou o motivo da fala tão rápida: "Foi um favor, não?"

Sem celulares e computador no alojamento onde se instalaram, de propriedade do Exército, os médicos se aglomeraram ao redor de um laptop com Skype, emprestado pelo assessor do secretário de Saúde da Bahia, para mandar notícias à família.

Ricardo Costa, 52, disse que decidiu "fazer uma gentileza" porque, como também é médico, já passou por isso em viagens ao interior.

Ele abriu o notebook e contou a ideia para alguns cubanos. Em poucos minutos, viu formar uma fila com mais de 20 pessoas. Houve quem deixasse de atender aos avisos de que o almoço estava servido para não perder a chance.

Ninguém demorava na conversa, ao estilo da frase de Gema, com poucas variações. Uma cubana, que não quis se identificar, saiu com os olhos marejados.

As ligações não saíram de graça, o que só ocorre quando o número discado está nos contatos do dono do Skype.


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