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Brasileiros chegam a 200 milhões, mas população deve cair em 30 anos

Projeção do IBGE indica que um quarto dos habitantes terá mais de 65 anos de idade em 2060

Declínio terá impacto na economia, com menos pessoas para produzir e gerar renda, afirmam especialistas

PEDRO SOARES DO RIO

A um ano da Copa de 2014, já somos mais de 200 milhões de brasileiros, marca alcançada em dezembro. A projeção oficial da população do IBGE cravou 201.032.714 de pessoas vivendo no país em 2013 --eram 199.242.462 no ano passado.

O crescimento populacional está, porém, com os anos contados. A partir de 2043, o país sofrerá um declínio de população, que terá prováveis implicações na economia com menos pessoas para produzir e gerar renda.

A redução da população será acompanhada de um acelerado envelhecimento. O grupo de mais de 65 anos será mais de um quarto (26,7%) dos brasileiros em 2060 --hoje representa 7,4%.

O instituto atribui o aumento do número de idosos à maior expectativa de vida e especialmente à queda da taxa de natalidade.

Em 2013, a taxa de fecundidade ficou em 1,77 filho por mulher --em 2000, estava em 2,39 filhos. Desde 2007, o índice já é menor do que o necessário para repor a população --já que um casal tem de ter, ao menos, duas crianças para "substituí-los".

Por trás desse novo perfil, está a mudança do papel da mulher, sua maior inserção no mercado de trabalho e o aumento da sua escolaridade, explica Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Para a especialista, o Brasil terá de enfrentar em curto prazo os problemas causados pela queda populacional, que já ocorre em muitos países.

"Um país que perde população é uma sociedade em decadência. Há perda de poder econômico, menos pessoas em idade para trabalhar, para pagar impostos e para manter a Previdência dos mais velhos", diz.

Já a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, afirma que o envelhecimento da população não é "ruim", mas, sim, "algo se comemorar". "As pessoas estão vivendo mais e isso é uma boa notícia."

Ela diz que a mudança demanda ações de governo e da sociedade. "Vamos precisar ampliar os serviços e os cuidados à população idosa. Ao mesmo tempo, serão menos necessários os serviços para as crianças."

BÔNUS DEMOGRÁFICO

O país vive agora o chamado bônus demográfico --quando a população em idade ativa (de 15 a 65 anos) é maior do que a de crianças e idosos, dependentes do sustento desse outro grupo.

Segundo Wasmália, o país deve aproveitar esse período para investir em formação e treinamento do jovem para aumentar a produtividade.


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