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Cotidiano

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Análise - Turbulência em voo

Todos usam cinto no carro; a 900 km/h no avião, não

Especialistas em segurança de voo recomendam ficar atado sempre

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

Ninguém duvida do risco de ficar sem cinto de segurança dentro de um carro a 50 km/h. Em uma aeronave que está a quase 900 km/h e a 11 mil metros de altura, nem sempre a cautela é a mesma.

Basta olhar em volta, especialmente em viagens mais longas: é o passageiro que sai para papear com o colega três fileiras atrás, outro que bate-papo perto do banheiro ou alguém que resolve se esticar.

Ok, ninguém é de ferro e não dá para evitar ir ao banheiro após voar por horas.

Mas especialistas em segurança de voo recomendam ficar com cinto atado sempre, inclusive em crianças de colo, para as quais há cintos de segurança próprios.

Isso porque nem sempre um fenômeno climático é detectado no radar do avião, como turbulência de céu claro. E, se ocorre subitamente, a perda de altitude em voo pode ferir severamente em áreas sensíveis, como o pescoço e a coluna cervical.

DISCURSO PROTOCOLAR

Não há, no Brasil, dados públicos sobre esse tipo de acidente.

Nos Estados Unidos, 329 pessoas se feriram durante turbulências de 2002 a 2011, entre passageiros e tripulantes --houve um passageiro ferido para cada dois tripulantes. Os dados são da FAA, Administração Federal de Aviação, a Anac de lá.

É pouco frente aos milhões de passageiros transportados todos os dias, mas não é ocorrência tão rara assim.

Aconteceu, por exemplo, em Hong Kong na última sexta-feira também: lá foram 49 pessoas feridas, em dois voos diferentes.

O episódio de ontem ensina que ficar com cinto atado durante o voo é mais do que um discurso protocolar anunciado pelos comissários de bordo a cada viagem.


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