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Análise

Em vez de benefícios para o cidadão, mobiliário urbano trouxe tropeços

FERNANDO SERAPIÃO ESPECIAL PARA A FOLHA

A instalação de mobiliário urbano em troca de publicidade é uma prática comum em grandes metrópoles no mundo e pode ser positiva ao meio urbano.

Em troca de poluição visual controlada, o cidadão pode ter benefícios, como calçadas adequadas, bancos, vegetação e informações de interesse público, como paradas de ônibus com painéis digitais.

Na recente concessão autorizada pela prefeitura paulistana, os benefícios são discutíveis.

Afinal de contas, hora certa não é uma informação relevante, por exemplo, se comparada a outras relacionadas a mobilidade urbana.

Por que não se financiou um sistema nas paradas que informe, em tempo real, quanto tempo o ônibus irá demorar?

Se a utilidade do novo mobiliário é discutível, sua instalação mostrou-se problemática. A alimentação de energia elétrica, por exemplo, é realizada com o auxílio de postinhos de alumínio com fios ligados por via aérea aos postes convencionais.

Mesmo sendo regulares, sua aparência de "gato" contrasta com o investimento em design realizado nas peças.

Nos casos das paradas de ônibus, o painel da publicidade diminui a largura da calçada, situação crítica em várias ruas da cidade.

Se isso não bastasse, para sedimentar o alicerce ou enterrar os fios elétricos, o revestimento das calçadas foi arrancado deixando cicatrizes no já maltratado passeio público.

SEM PERDÃO

Não houve perdão: dá calçada de mosaico português criada por Paulo Mendes da Rocha no Museu da Escultura a avenidas remodeladas com dinheiros público, como as avenidas 9 de Julho ou Rebouças, os remendos estão em toda parte.

Perde o cidadão, que tropeça onde deveria receber conforto e informação.


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